Decisão da Grã-Bretanha de não adotar o euro foi publicada no acordo de coalizão do novo governo (./AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2010 às 18h17.
Londres - A redução do enorme déficit orçamentário e as medidas para consolidar a recuperação econômica são o problema mais urgente que deverá resolver o novo governo britânico, segundo o acordo de coalizão publiacado nesta quarta-feira.
"As partes estão de acordo que a redução do déficit e seguir assegurando a recuperação econômica são o problema mais urgente que a Grã-Bretanha enfrenta", assinala o texto fruto do acordo entre os conservadores do novo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os liberais-democratas de Nick Clegg, seu número dois.
Para resolver isso, os dois partidos se comprometem em acelerar a redução deste déficit estrutural durante a próxima legislatura, principalmente "com cortes de gasto ao invés de aumento de impostos".
Os partidos apresentarão um orçamento de emergência num prazo de 50 dias, qie incluirá um plano de redução do déficit.
Conservadores e liberais também anunciam sua intenção de anular um aumento das cotas sociais previsto pelos trabalhistas para 2001, que Cameron insistiu ao longo de toda a campanha que dificultaria a criação de empregos quando a taxa de desemprego se situa nos 8%, um máximo desde 1996.
O documento também anuncia que a Grã-Bretanha não adotará o euro e não se preparará para adotá-lo nesta legislatura.
Os "Tories", que têm um setor altamente eurocético, também conseguiram que os pró-europeus 'Lib-Dems' aceitassem que, durante esse período, também não houvese mais transferência de soberania ou poderes para a União Europeia, e que qualquer transferência seria submetida a referendo.