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Governo venezuelano sancionará empresas que aderirem à greve

A coalizão opositora convocou uma greve durante os seus protestos para exigir a saída do poder do presidente Nicolás Maduro e rechaçar a Constituinte

Venezuela: "Um fechamento que não esteja ajustado ao procedimento da lei acarreta sanções" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: "Um fechamento que não esteja ajustado ao procedimento da lei acarreta sanções" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de julho de 2017 às 21h30.

As empresas da Venezuela que decidirem se unir à greve cívica convocada para quinta-feira pela oposição serão sancionadas, advertiu nesta quarta-feira o ministro do Trabalho, Néstor Ovalles.

"Há sanções estabelecidas no ordenamento jurídico [...]. Um fechamento que não esteja ajustado ao procedimento da lei acarreta sanções", declarou Ovalles, por telefone à emissora estatal VTV.

O funcionário assegurou que seu gabinete não deseja estabelecer sanções ou multas a empresas, mas assegurou que "no momento em que tivermos que aplicá-las, com rigor, energia e caráter, faremos".

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou uma greve durante os seus protestos para exigir a saída do poder do presidente Nicolás Maduro e rechaçar a Assembleia Constituinte impulsionada pelo presidente, cujos delegados serão eleitos em 30 de julho.

Ovalles anunciou que comissões de "inspetores móveis" - integradas por procuradores do Seguro Social e supervisores do Ministério do Trabalho - percorrerão as empresas na quinta-feira em diferentes zonas do país.

"Não duvido em qualificar como irresponsáveis essas formas de greve que não respondam a nenhuma norma trabalhista [...]. Não nos resta outra coisa a não ser falar com os trabalhadores e os empresários que amanhã é um dia de absoluta normalidade, no qual as empresas devem abrir", acrescentou o ministro.

A convocação opositora à greve tem sido apoiada pelas principais organizações patronais e sindicais da Venezuela.

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