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Governo Trump cancela mais US$ 60 milhões de verbas destinadas à Universidade Harvard

Corte de verbas se soma aos quase US$ 3 bilhões que várias agências do governo Trump retiraram da instituição nas últimas semanas

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de maio de 2025 às 16h13.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 16h30.

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O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira que cancelará US$ 60 milhões de verbas à Universidade Harvard pelo suposto fracasso da instituição no combate ao antissemitismo, mais um passo na intensa batalha entre o governo de Donald Trump e o centro de ensino.

O secretário de Saúde, Robert Kennedy, divulgou na rede social X que a agência "está tomando medidas decisivas para defender os direitos civis no ensino superior", o que colocou a gestão Trump contra várias universidades, mas em particular Harvard, que rejeitou as imposições das políticas do presidente.

"Devido ao fracasso contínuo da Universidade Harvard em lidar com o assédio antissemita e a discriminação racial, o HHS está encerrando vários subsídios plurianuais, totalizando aproximadamente US$ 60 milhões", observou Kennedy.

Esse corte de verbas se soma aos quase US$ 3 bilhões que várias agências do governo Trump retiraram de Harvard nas últimas semanas, alegando que a entidade não está fazendo o suficiente para combater o antissemitismo.

Em 13 de maio, foi anunciado que US$ 450 milhões seriam retirados de Harvard, além dos US$ 2,2 bilhões que haviam sido cortados dias antes por recomendação da Força-Tarefa Federal de Combate ao Antissemitismo.

Esse grupo foi criado por Trump por meio de uma ordem executiva em fevereiro com a tarefa de visitar dez universidades, incluindo Harvard e Colúmbia, para "coletar informações" sobre possíveis incidentes antissemitas e avaliar possíveis "medidas corretivas".

Harvard foi informada do novo corte de US$ 60 milhões, relacionados aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, por meio de uma carta em 19 de maio, citando as conclusões do painel federal sobre o suposto preconceito contra Israel na universidade, de acordo com o portal dailycaller.com, que obteve uma cópia da carta.

De acordo com o relatório, alguns professores haviam "integrado e normalizado o que muitos estudantes judeus e israelenses consideram antissemitismo e preconceito anti-Israel".

"Estamos profundamente preocupados com o fato de que essas formas de fanatismo estão se tornando cada vez mais normalizadas no meio acadêmico, especialmente em disciplinas que parecem ser altamente politizadas, como saúde pública, medicina e educação", declarou o grupo federal no relatório.

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