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Governo sírio diz se dispor a colaborar com Annan

A informação é da agência oficial de notícias Sana

O regime de Assad assinalou que estabeleceu um 'diálogo nacional' com a oposição para tentar solucionar os problemas que castigam a Síria e recuperar a unidade do país (AFP)

O regime de Assad assinalou que estabeleceu um 'diálogo nacional' com a oposição para tentar solucionar os problemas que castigam a Síria e recuperar a unidade do país (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 12h40.

Cairo - O governo sírio está disposto a colaborar com o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, com o objetivo de solucionar a crise no país, divulgou nesta sexta-feira a agência oficial de notícias 'Sana'.

Segundo a agência 'Sana', o Ministério sírio das Relações Exteriores enviou uma mensagem para diferentes organismos da ONU para expressar que o Executivo 'segue se esforçando para encontrar uma solução política à crise com a colaboração de Annan e o fortalecimento das conquistas democráticas'.

Pouco antes de o enviado especial expor os resultados iniciais de sua mediação ao Conselho de Segurança da ONU, o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, reiterou que continua se empenhando para 'proteger seus cidadãos, desarmar o terrorismo e castigar o que praticam'.

A mensagem foi dirigida ao Conselho de Segurança, à Secretaria-Geral e ao Conselho de Direitos Humanos, entre outros organismos da ONU que as autoridades sírias pediram respaldo para pôr fim à violência e 'cessar o financiamento estrangeiro ao terrorismo'.

O regime de Assad também assinalou que estabeleceu um 'diálogo nacional' com a oposição para tentar solucionar os problemas que castigam a Síria. A ideia é recuperar a estabilidade do país.

Entre as medidas implantadas desde que explodiram os protestos há um ano, a carta cita a derrogação da Lei de Emergência, a realização de eleições municipais e a nova Constituição, que abre as portas ao multipartidarismo.

O Governo, por sua vez, responsabiliza os grupos terroristas de terem cometidos os últimos massacres na província de Homs, um dos redutos da oposição e, por consequência, um dos principais alvos militares nos últimos meses.


Kofi Annan, que se reuniu com Assad em Damasco no último fim de semana, propôs uma série de planos concretos e, ainda nesta sexta-feira, deve apresentar ao Conselho de Segurança as respostas que obteve do regime sírio.

O respaldo à missão de Annan para estabelecer um diálogo entre o regime de Damasco e a oposição é um dos cinco pontos do plano para a Síria, que foi concordado na última semana entre a Rússia e a Liga Árabe.

Essa iniciativa estipula a cessação da violência, 'seja qual for sua origem', a criação de um mecanismo neutro que supervisione o cessar-fogo, a não-intervenção estrangeira e o acesso à ajuda humanitária.

Segundo a ONU, desde março de 2011, quando começou a revolta na Síria, mais de 8 mil pessoas morreram pela repressão governamental, enquanto o regime aponta a ação de supostos terroristas como causa da violência. 

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