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Governo sírio quer retomar controle de Alepo com apoio russo

O uso do poder de fogo russo na ofensiva para retomar a cidade põe dúvidas sobre o futuro do cessar-fogo na região


	Destruição na cidade de Alepo, na Síria
 (Reuters / Abdalrhman Ismail)

Destruição na cidade de Alepo, na Síria (Reuters / Abdalrhman Ismail)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2016 às 16h40.

Beirute - As forças do governo da Síria, com apoio da Rússia, estão planejando uma operação de retomada da cidade de Alepo, afirmou o primeiro-ministro da Síria neste domingo.

O uso do poder de fogo russo na ofensiva para retomar a principal cidade do país, controlada parcialmente por rebeldes desde 2012, põe dúvidas sobre o futuro do cessar-fogo na região.

"Junto com nossos parceiros russos, estamos nos preparando para uma operação para libertar Alepo e bloquear todos os grupos armados ilegais que estão violando o cessar-fogo", disse o primeiro-ministro Wael al Halqi.

A declaração foi dada durante um encontro com parlamentares russos e foi reportada pela agência de notícias Tass.

Rebeldes sírios, incluindo grupos islâmicos ligados à Al Qaeda, lançaram uma ofensiva na última semana para recapturar território próximo de Alepo o qual havia sido retomado por forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad.

Na terça-feira, os rebeldes derrubaram com tiros um avião de guerra e capturaram seu piloto. O acordo de cessar-fogo, que passou a vigorar em fevereiro, não cobre a Nusra Front, ligada à Al Qaeda, e nem o Estado Islâmico.

O anúncio desse domingo ocorre um mês depois de a Rússia dizer que estava retirando grande parte de suas forças aéreas da Síria. O presidente Vladimir Putin havia dito que a missão do Kremlin na Síria estava completa.

O poder de fogo russo está sendo considerado o principal responsável pela reversão das derrotas sofridas por Assad no campo de batalha. O governo reconquistou terras em Damasco das mãos de rebeldes moderados e islâmicos.

A Rússia afirmou que manteria um contingente de jatos no país para sustentar a luta de Moscou contra grupos islâmicos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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