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Governo sírio pode se ausentar das negociações de paz

As negociações de paz em Genebra acontecem na próxima semana e o chefe da delegação síria disse que cabe a Damasco decidir sobre o convite

Síria: deflagrado há seis anos, o conflito sírio deixou mais de 340 mil mortos até hoje (Rodi Said/Reuters)

Síria: deflagrado há seis anos, o conflito sírio deixou mais de 340 mil mortos até hoje (Rodi Said/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 20h45.

O chefe da delegação oficial síria deixou em aberto nesta sexta-feira (1º) sua participação na semana de continuidade das negociações de paz em Genebra, que acontecem na próxima semana, ao afirmar que cabe a "Damasco decidir".

"Iremos amanhã (...), e Staffan de Mistura (enviado especial da ONU na Síria) nos convidou para que participemos na terça-feira (5) da segunda etapa dessa rodada em Genebra, mas cabe a Damasco decidir", disse à imprensa o chefe da delegação do governo sírio, Bashar al-Jaafari.

Ele também criticou a oposição "por seu jeito provocador, irresponsável (de falar)" sobre o futuro do presidente sírio, Bashar Al-Assad, algo inegociável para o governo de Damasco. A oposição quer que Assad deixe o poder.

"Enquanto a outra parte mantiver esse discurso (...) não haverá progressos", ressaltou.

Em setembro, o próprio De Mistura havia aconselhado a oposição a ser "bastante realista e compreender que não havia ganhado a guerra".

O escritório do enviado especial divulgou nesta sexta-feira uma nova versão de um documento com 12 tópicos, material que trata de princípios gerais e servirá de base para uma discussão.

O documento foi entregue às delegações na quinta-feira (30).

Desde 2016, De Mistura organizou sete rodadas de negociações, nenhuma delas bem-sucedida.

Deflagrado há seis anos, o conflito sírio deixou mais de 340 mil mortos até hoje.

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