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Governo sírio está bloqueando ajuda humanitária, diz ONU

A organização está com 40 caminhões prontos para entrar na cidade de Alepo, mas o governo sírio ainda não deu as permissões para iniciar os comboios


	ONU: a organização está com 40 caminhões prontos para entrar na cidade de Alepo, mas o governo sírio ainda não deu as permissões para iniciar os comboios
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ONU: a organização está com 40 caminhões prontos para entrar na cidade de Alepo, mas o governo sírio ainda não deu as permissões para iniciar os comboios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 12h47.

Beirute - Um enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, chamado Staffan de Mistura, afirmou hoje que o órgão está enfrentando problemas para enviar ajuda humanitária ao país.

Ele culpou o governo de Bashar Assad por não conceder as autorizações necessárias.

Segundo De Mistura, o acordo de cessar-fogo elaborado em conjunto entre Estados Unidos e Rússia fez a violência cair desde segunda-feira, mas o fluxo de ajuda humanitária esperado não aconteceu.

De acordo com ele, a ONU está com 40 caminhões prontos para entrar na cidade de Alepo, mas o governo sírio ainda não deu as permissões para iniciar os comboios.

De Mistura ainda reforçou que, além de reduzir as mortes, o outro "dividendo" do acordo entre EUA e Rússia é o acesso humanitário. "É isso que faz a diferença para a população, além de não ver mais bombardeios", afirmou.

Alepo tem sido o centro da guerra nos últimos meses. No início de setembro, as forças governistas lançaram uma ofensiva, retomando diversas áreas do sul da cidade e colocando bairros tomados por rebeldes sob cerco.

Nos últimos 40 dias, mais de 2 mil pessoas foram mortas, até que o acordo de cessar-fogo entrou em vigor na segunda-feira. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, há 700 civis entre os mortos e 160 crianças. "Nenhuma ajuda chegou a Alepo. O regime está se recusando a permitir a entrada de ajuda na cidade", afirmou o ativista Baraa al-Halaby.

Mais cedo, ativistas disseram que o cessar-fogo ainda estava funcionando, apesar de terem acontecido algumas violações. Fonte: Associated Press.

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