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Governo sírio desmente acusações sobre existência de crematório

Uma fonte do Ministério sírio de Assuntos Exteriores desmentiu as denúncias e as classificou de uma "nova história de Hollywood"

Prisão: a fonte assegurou que o Governo sírio "não foi surpreendido por essas declarações" (Department of State/Handout/Reuters)

Prisão: a fonte assegurou que o Governo sírio "não foi surpreendido por essas declarações" (Department of State/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de maio de 2017 às 10h43.

Cairo - O Governo sírio negou nesta terça-feira as acusações feitas ontem por Washington sobre a suposta existência de um crematório para se desfazer dos corpos de presos assassinados na síria de Saidnaya.

"As acusações da Administração americana contra o Executivo sírio sobre o que chama de crematório na prisão de Saidnaya, e o uso de barris explosivos e armas químicas são completamente infundadas", disse uma fonte de alta categoria do Ministério sírio de Assuntos Exteriores.

Ontem, o secretário adjunto para Oriente Próximo do Departamento de Estado, Stuart Jones, denunciou que têm provas fotográficas de que as autoridades sírias construíram um crematório junto a Saidnaya, ao norte de Damasco, onde os corpos dos réus são queimados para ocultar execuções em massa.

Em declarações à agência de notícias oficiais "Sana", a fonte ministerial síria sublinhou que, da mesma forma que suas predecessoras, a atual Administração americana "veio ontem com uma nova história de Hollywood, afastada da realidade e sem uma investigação pertinente".

Não obstante, a fonte assegurou que o Governo sírio "não foi surpreendido por essas declarações que costumam fazer antes de qualquer encontro político, seja em Genebra ou Astana".

Uma nova rodada de negociações de paz para a Síria, com a participação de delegações do Governo sírio e da oposição, começou hoje em Genebra, com a mediação do enviado especial da ONU para o país árabe, Staffan de Mistura.

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