Mundo

Governo rebelde anuncia morte de ex-presidente do Iêmen

Segundo fonte, Saleh morreu quando combatentes houthis dispararam contra o comboio no qual viajava para fugir da cidade

Ali Abdullah Saleh: comunicado se refere ao ex-presidente como "o líder da traição" (Khaled Abdullah/File Photo/Reuters)

Ali Abdullah Saleh: comunicado se refere ao ex-presidente como "o líder da traição" (Khaled Abdullah/File Photo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 10h59.

Última atualização em 4 de dezembro de 2017 às 11h31.

Sana - O Ministério do Interior do Iêmen, controlado pelos rebeldes houthis, anunciou nesta segunda-feira em comunicado a morte do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, antigo aliado dos rebeldes, a quem a nota se refere como "o líder da traição".

Horas antes, a emissora de rádio deste Ministério tinha assegurado que Saleh tinha morrido em decorrência dos disparos de combatentes houthis.

Um responsável houthi que pediu anonimato garantiu à Agencia Efe que "Saleh morreu quando combatentes houthis dispararam contra o comboio no qual viajava, em sua passagem por um posto de controle na área de Yahana, ao sudeste de Sana, enquanto fugia da cidade".

Por sua parte, o comunicado do Ministério de Interior acrescentou que junto com o ex-presidente morreram vários "aliados" de Saleh.

"A crise das milícias da traição terminou ao termos conquistado o controle total das suas posições e imposto a segurança em Sana, seus subúrbios e todas as outras províncias", assegurou o comunicado.

A pasta de Interior declarou também que sua morte aconteceu depois que Saleh "se tornou cúmplice direta e publicamente dos países da agressão", em referência à aliança árabe comandada pela Arábia Saudita que apoia o presidente Abdo Rabu Mansour Hadi e a quem Saleh lançou uma oferta de diálogo no final de semana passado.

A emissora catariana "Al Jazeera" publicou um vídeo de um celular pessoal no qual Saleh aparece com um disparo na cabeça e levado em uma manta por um grupo de pessoas em uma região desértica.

No último sábado foi rompida a aliança entre as fileiras rebeldes, integradas pelos houthis e as forças leais a Saleh, depois dos combates que se iniciaram na capital em 29 de novembro e que ainda continuam.

Acompanhe tudo sobre:IêmenMortesPolíticos

Mais de Mundo

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz