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Governo pode decidir por reduzir geração térmica, diz ONS

Segundo diretor-geral do ONS, maior volume de chuva poderá diminuir a geração termelétrica a partir de novembro


	Vertedouro Usina Hidrelétrica de Tucuruí: perspectiva do ONS é que chuvas se estendam até pelo menos o fim do ano
 (Paulo Santos/INTERFOTO/Divulgação)

Vertedouro Usina Hidrelétrica de Tucuruí: perspectiva do ONS é que chuvas se estendam até pelo menos o fim do ano (Paulo Santos/INTERFOTO/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 16h55.

Rio de Janeiro - O governo federal pode diminuir a geração termelétrica a partir de novembro, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, diante da retomada das chuvas no país e a perspectiva de continuidade até o fim do ano.

Segundo ele, começou a chover nos últimos dias nas principais regiões onde estão as hidrelétricas -- com exceção do Nordeste, onde o nível dos reservatórios é mais crítico e está em 27,6 por cento de armazenamento.

A perspectiva do ONS, com base em informações climáticas, é que essas chuvas se estendam até pelo menos o fim do ano. "A transição é boa para o período úmido, diferente do ano passado, e o último trimestre deve ser mais chuvoso", disse Chipp a jornalistas nesta quinta-feira.

A chuva já chegou à cabeceira do rio São Francisco, no Nordeste e, em breve, deve avançar e aumentar o volume de água na região, segundo Chipp. A transferência de energia de outras regiões para o Nordeste está oscilando entre 2.500 e 3.000 megawatts (MW).

Se as previsões climáticas e meteorológicas se confirmarem, há chance de haver uma redução no despacho térmico no país -- que hoje está em 10.500 MW -- na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em novembro.

"Tenho expectativa de que se a previsão dos meteorologistas se confirmar, você reduz custo marginal, reduz térmicas e não vai ter térmica adicional. Há indicação razoável de reduzir o despacho", disse Chipp.

Há ainda possibilidade de o critério de segurança N-2, adotado na última reunião do CMSE depois de blecaute na região Nordeste em agosto, seja abandonado, com retorno para o critério N-1, segundo Chipp.

Dessa forma, a transmissão de energia para o Nordeste poderia, segundo Chipp, voltar para 3.800 MW. "Em novembro, há menos risco de queimadas. Foi o que nos levou a adotar o N-2", disse.

Em agosto, queimadas atingiram duas linhas de transmissão no Piauí, provocando blecaute em toda a região Nordeste.

Depois do ocorrido, o governo resolveu reduzir a exportação de energia de outras regiões para o Nordeste e elevou o despacho térmico naquela região. As medidas elevaram o critério de segurança do sistema na região, de forma que possa suportar contingências duplas sem resultar em blecautes.

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