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Governo peruano endurece regras trabalhistas após mortes no McDonald's

Dois funcionários de uma franquia do McDonald´s morreram eletrocutados em uma de suas lanchonetes

McDonald´s: (Fred Prouser/Reuters)

McDonald´s: (Fred Prouser/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 12h58.

Lima - O governo do Peru anunciou na noite de sexta-feira medidas para fortalecer penalidades para empresas consideradas responsáveis por acidentes no local de trabalho, dias depois que dois funcionários de uma franquia do McDonald´s morreram eletrocutados em uma de suas lanchonetes.

A ministra do Trabalho Sylvia Caceres disse que de agora em diante haverá o fechamento automático por 10 a 20 dias de estabelecimentos onde ocorrerem acidentes para permitir uma investigação completa, prazo que poderá se estender a 30 dias se a empresa for considerada responsável.

"O fechamento (pelo prazo máximo de 30 dias) será considerado quando for determinado que o empregador descumpriu suas obrigações e afetou assim a saúde e vida de seus funcionários", afirmou Caceres em uma coletiva de imprensa na noite de sexta-feira.

Ela não mencionou as mortes de Alexandra Porras, 18, e Carlos Campo, 19, que foram eletrocutados durante limpeza da cozinha de uma lanchonete McDonald´s Corp operada pela franqueada latino-americana Arcos Dorados.

O gerente geral da empresa no Peru disse em entrevista a uma TV local que a máquina de bebidas da lanchonete estava com problemas elétricos que não tinham sido reportados ao departamento de manutenção.

Esta semana, a agência de inspeção do trabalho considerou a Arcos Dorados culpada de violações de segurança e saúde "muito sérias" que causaram a morte dos dois funcionários e propôs que a firma seja multada em 254 mil dólares.

A Arcos Dorados disse na semana passada que todos as 29 lanchonetes McDonald's no Peru permanecerão fechadas até que a empresa conclua sua própria inspeção.

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