Trípoli - O pró-islamita líbio Omar al-Hassi apresentou nesta terça-feira a lista de um governo, paralelo àquele reconhecido pela comunidade internacional, à Assembleia em fim de mandato, o Conselho General Nacional (CGN), indicou a agência líbia Lana.
A lista de 19 personalidades, pouco conhecidas do público em geral, deve obter a aprovação do CGN, que ainda não definiu uma data para a sessão de votação de confiança marcada em Trípoli, informou a agência líbia.
A criação deste executivo vai complicar ainda mais a situação política na Líbia, mergulhada no caos e entregue às milícias.
Para escapar da pressão dos grupos armados, o governo reconhecido pela comunidade internacional optou por estabelecer-se no leste do país, assim como o Parlamento eleito em 25 de junho.
Milícias, em sua maioria islamitas, contestam este governo e Parlamento.
Após assumir o controle em 22 de agosto do aeroporto de Trípoli, eles convocaram o CGN, cujo mandato expirou em teoria com a eleição do novo Parlamento, e esta assembleia nomeou Hassi para formar um governo paralelo.
Esses milicianos reunidos na coalizão Fajr Libya acusam as autoridades de serem cúmplices dos ataques aéreos realizados pelos Emirados Árabes Unidos, com o apoio do Egito, contra os seus combatentes.
No leste, o Parlamento encarregou na segunda-feira o primeiro-ministro cessante Abdullah al-Theni para formar um novo governo restrito. Ele apresentou a renúncia de seu gabinete na quinta-feira ao Parlamento.
O governo de Theni, que lutava para restaurar a ordem, admitiu na segunda-feira que perdeu o controle dos ministérios e instituições estaduais localizadas em Trípoli.
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1. Bomba relógio política
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1/5 (Milos Bicanski/Getty Images)
São Paulo – Não existe calmaria generalizada e a situação política e econômica de alguns países merecem destaque. Tina Fordham, analista política do Citi, ao lado de sua equipe, preparou um relatório apontando uma série de riscos políticos presentes em diversas partes do mundo. Clique nas fotos ao lado e conheça cinco deles.
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2. Oposição a Putin segue forte na Rússia
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2/5 (©AFP / Natalia Kolesnikova)
No relatório, Tina Fordham e sua equipe afirmam que a onda de protestos na Rússia tem as demonstrações mais fortes desde a perestroika. Eles apontam que observadores internacionais esperavam que os protestos diminuíssem no país após o então primeiro-ministro Vladimir Putin vencer as eleições e voltar a ser presidente do país. Aconteceu justamente o contrário e os protestos continuam. “Os preços brandos do petróleo e os planos para restringir o livre discurso sinalizam a possibilidade de um período de tensões pela frente, ao passo de que a classe média russa continuará desafiando ao governo”, afirmam a analista política do Citi. Na visão do Citi, o cenário atual limita reformas e modernizações na Rússia e dificulta que o governo volte a ter altos níveis de aprovação. “Acreditamos que a alta demanda por mudanças políticas é muito provável pelos próximos três anos”. A foto ao lado mostra a banda punk Pussy Riot, um dos símbolos atuais da oposição popular ao governo russo.
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3. A Grécia continua uma questão frágil
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3/5 (Milos Bicanski/Getty Images)
Na Grécia, com a mudança no padrão de vida que a austeridade causa - e, consequentemente, deixa a população descontente – o Citi alerta que aumentam as evidências de mais problemas sociais, como fome, pessoas sem casa e o aumento do risco de uma divisão violenta na Grécia. A situação aumenta a chances de que o país se torne algo que o Fórum Econômico Mundial chama de “critical fragile states”, que são países que não providenciam condições básicas para a população. Há também na Grécia o risco econômico. Recentemente, num outro relatório, o
Citi alertou que o país tem 90% de chances de deixar a zona do euro nos próximos 12 a 18 meses.
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4. O “homem-chave” da Venezuela
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4/5 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
As pesquisas mais recentes indicam que Hugo Chávez, atual presidente da Venezuela, deve se reeleger nas eleições que acontecem no país neste ano. A saúde do atual líder, porém, está fragilizada. Por mais que Chávez insista em dizer que está bem, não é possível confirmar seu real estado. Apesar da saúde frágil do atual líder, a Venezuela não apresenta um sucessor “na manga” para Chávez. O Citi reforça que há especulações sobre o que pode ocorrer caso Chávez faleça antes ou depois das eleições. Se isso acontecer, independente do momento, essa possibilidade deve mudar a maneira como o país monopoliza o setor de petróleo.
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5. Tensões entre Irã e Israel continuam
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5/5 (Jack Guez/AFP)
As especulações de que Israel poderia atacar o Irã por conta do programa nuclear do país crescem e a analista política do Citi também acredita nessa possibilidade. Na visão do Citi, as chances de uma ação militar acontecer contra o Irã e as locações de seu programa militar após as eleições nos Estados Unidos são maiores que 25%. Se nada acontecer logo após o pleito, a possibilidade aumenta na primeira metade de 2013.