"Vamos esperar a resposta do Google e, se não, agiremos já nos tribunais", disse Sheinbaum (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 18h42.
O México vai recorrer aos tribunais contra o Google se a empresa insistir em mudar, em seus mapas, o nome do Golfo do México para além da plataforma continental dos Estados Unidos, anunciou a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, nesta segunda-feira 17.
A dirigente reforçou a ameaça de acionar judicialmente o Google, após divulgar uma segunda carta de seu governo para a empresa. No documento, o governo mexicano destaca que um decreto do presidente americano Donald Trump só renomeia como Golfo da América a plataforma continental dos EUA, sem alterar as áreas pertencentes ao México e Cuba.
"Vamos esperar a resposta do Google e, se não, agiremos já nos tribunais", disse Sheinbaum em sua coletiva de imprensa habitual, na qual leu a carta do governo, datada de 11 de fevereiro.
No documento, o chanceler mexicano, Juan Ramón de la Fuente, alerta que "em nenhuma circunstância o México aceita que se renomeie qualquer área geográfica que inclua parte de seu território nacional e que esteja sob sua jurisdição".
O Google declarou que os usuários do Maps nos Estados Unidos verão o nome "Golfo da América", enquanto no México continuará aparecendo "Golfo do México". Usuários de outras partes do mundo verão ambos os nomes.
Além do Google, a Apple também implementou a mudança para os usuários americanos do seu aplicativo de mapas, seguindo a determinação de Trump.
No fim de janeiro, a presidente mexicana ironizou a decisão do ex-presidente americano, sugerindo chamar os Estados Unidos de "América Mexicana", com base em mapas do século XVII, quando grande parte do atual território do oeste americano pertencia ao México.