Mundo

Governo Lula apresenta na ONU documento com críticas ao governo da Nicarágua

A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores

Nicaraguan president Daniel Ortega delivers a speech during the extraordinary session of the National Assembly of People's Power of Cuba in commemoration of the 18th anniversary of the creation of ALBA-TCP at the Convention Palace in Havana, on December 14, 2022. (Photo by YAMIL LAGE / POOL / AFP) (Photo by YAMIL LAGE/POOL/AFP via Getty Images) (YAMIL LAGE / POOL / AFP/Getty Images)

Nicaraguan president Daniel Ortega delivers a speech during the extraordinary session of the National Assembly of People's Power of Cuba in commemoration of the 18th anniversary of the creation of ALBA-TCP at the Convention Palace in Havana, on December 14, 2022. (Photo by YAMIL LAGE / POOL / AFP) (Photo by YAMIL LAGE/POOL/AFP via Getty Images) (YAMIL LAGE / POOL / AFP/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 7 de março de 2023 às 10h06.

Após ter sido alvo de críticas, o governo brasileiro apresentou nesta terça-feira, 7, à Organização das Nações Unidas (ONU) nova posição e preocupações com o governo ditatorial da Nicarágua. Ao repudiar a decisão de autoridades do país da América Central de retirada de nacionalidade de opositores ao regime de Daniel Ortega, o governo brasileiro colocou-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida.

"O governo brasileiro acompanha os acontecimentos na Nicarágua com a máxima atenção e está preocupado com alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático naquele país, em particular execuções sumárias, detenções arbitrárias tortura contra dissidentes políticos", declarou o governo brasileiro. E, ainda: "o Brasil está pronto para explorar maneiras pelas quais essa situação possa ser abordada de forma construtiva, em diálogo com o governo da Nicarágua e com todos os atores relevantes".

A declaração brasileira ocorreu após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira, 6, repercutiu no País. A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores.

A declaração desta terça-feira pontua que o governo recebeu com extrema preocupação a decisão de autoridades da Nicarágua de determinar a perda da nacionalidade de mais de 300 cidadãos nicaraguenses. "Ao reafirmar seu compromisso humanitário com a proteção de pessoas apátridas e com a redução da apatridia, o governo brasileiro coloca-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida, ao abrigo do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira", disse o Brasil à ONU.

Durante a campanha eleitoral, Lula evitou condenar o regime de Ortega, o que elevou críticas do seu então principal adversário, o então presidente Jair Bolsonaro.

Acompanhe tudo sobre:Governo LulaONU

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia