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Governo líbio pede frente única contra EI em Sirte

A ONU deveria votar nesta terça-feira uma resolução para autorizar uma missão no Mediterrâneo para monitorar o embargo de armas que paira sobre a Líbia


	Líbia: a ONU deveria votar nesta terça-feira uma resolução para autorizar uma missão no Mediterrâneo para monitorar o embargo de armas que paira sobre a Líbia
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Líbia: a ONU deveria votar nesta terça-feira uma resolução para autorizar uma missão no Mediterrâneo para monitorar o embargo de armas que paira sobre a Líbia (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 16h46.

O chefe do frágil governo de união nacional líbio pediu nesta terça-feira a seus compatriotas que apoiem a ofensiva para retomar a cidade de Sirte das mãos do grupo Estado Islâmico, uma operação que as autoridades que controlam o leste se recusam a apoiar.

"Comemoramos as vitórias alcançadas pelos nossos filhos (...) na batalha para a libertação de Sirte", declarou Fayez al-Sarraj em um discurso televisionado.

Elas são "o exemplo de um projeto nacional" em torno do qual os líbios têm de "se unir", acrescentou o chefe do governo de união nacional (GNA).

Sarraj reforçou a sua posição após uma série de sucessos registrados pela ofensiva lançada em 12 de maio pelas diferentes unidades armadas que apoiam o GNA, que recuperaram várias posições controladas pelos extremistas, incluindo o porto e o aeroporto internacional de Sirte.

Para Sarraj, o desafio é transformar esses sucessos militares em vitória política. O seu objetivo declarado é fazer o GNA o único governo da Líbia, como esperam a ONU e a comunidade internacional.

Mas deve lidar com a rejeição das autoridades estabelecidas no leste do país, lideradas pelo polêmico general Khalifa Hafter.

O Conselho de Segurança da ONU deveria votar nesta terça-feira uma resolução para autorizar a missão naval europeia no Mediterrâneo para monitorar o embargo de armas que paira sobre a Líbia desde 2011, de acordo com diplomatas.

Sarraj exige há semanas uma suavização do embargo, uma vez que, atualmente, a maioria das armas que entram na Líbia não chegam ao governo legítimo, mas a grupos armados rivais ou outros.

Além disso, a ONU decidiu prorrogar o mandato da sua missão de apoio (Manul) na Líbia, até 15 de dezembro de 2016.

Estas decisões são tomadas enquanto as forças pró-GNA enfrentam uma feroz resistência do EI no seu reduto de Sirte, localizado 450 km a leste de Trípoli.

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