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Governo do Japão renuncia em massa

Decisão dá passagem à escolha de um novo presidente do Partido Democrático (PD)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2010 às 06h12.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, e todo seu gabinete renunciaram esta noite dando passagem a escolha de um novo presidente do Partido Democrático (PD), a quem posteriormente o Parlamento japonês nomeará chefe de Governo.

A renúncia era obrigatória após a decisão, anunciada por Hatoyama na quarta-feira, de deixar seu cargo depois de não cumprir sua promessa de tirar a base aérea americana de Futenma, na ilha de Okinawa, do país assim como por seus escândalos financeiros e do secretário-geral do PD, Ichiro Ozawa, que também abandonará seu posto.

Após a renúncia de todo o Governo, os 423 parlamentares do PD elegerão esta noite o novo presidente da formação política, que será nomeado o novo primeiro-ministro pelas duas câmaras.

Primeiro votará a Câmara Baixa, onde o PD tem maioria absoluta, e depois será a vez do Senado, embora seja o resultado da Câmara de Representantes que prevaleça, segundo a Constituição japonesa.

Naoto Kan, de 63 anos, atual vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, é dado como certo como sucessor de Hatoyama, já que conta com apoios importantes dentro do partido e não tem grandes rivais na votação.

Shinji Tarutoko, um parlamentar pouco conhecido, é o único adversário que mostrou interesse em enfrentar Kan na eleição presidencial do PD.

Hatoyama renuncia oito meses após formar o Governo. Ele teve uma vitória histórica nas eleições de agosto de 2009, em que apresentou promessas de mudança revolucionárias para um país governado durante 54 anos pelo conservador Partido Liberal-Democrata (PLD).

A má gestão da polêmica mudança da base militar americana de Futenma, em Okinawa, uma das principais promessas em sua campanha eleitoral, precipitou sua queda ao colocar sua popularidade abaixo dos 20%.

A saída do primeiro-ministro acontece um mês antes das eleições para renovar metade do Senado, câmara na qual o PD é o partido mais forte.

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