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Governo italiano pede moção de confiança sobre austeridade

A gestão tecnocrata do primeiro-ministro Mario Monti é apoiada pela maioria esmagadora em ambas as casas e os votos devem ser aprovados facilmente

O governo de Monti foi nomeado no mês passado para enfrentar uma queda na confiança do mercado, que pôs a Itália no centro da crise de dívida da zona do euro (Alberto Pizzoli/AFP)

O governo de Monti foi nomeado no mês passado para enfrentar uma queda na confiança do mercado, que pôs a Itália no centro da crise de dívida da zona do euro (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 11h34.

Roma - O governo da Itália pediu um voto de confiança no Parlamento na sexta-feira para acelerar a aprovação de um pacote de austeridade de 33 bilhões de euros (43 bilhões de dólares), que tem por objetivo restaurar a confiança do mercado na terceira maior economia da zona do euro.

O ministro das Relações Parlamentares, Piero Giarda, anunciou o voto de confiança, que deve acontecer na tarde de sexta-feira. Provavelmente ele será acompanhado de um voto similar na câmara alta na próxima semana.

O governo tecnocrata do primeiro-ministro Mario Monti é apoiado pela maioria esmagadora em ambas as casas e os votos devem ser aprovados facilmente, confirmando uma lei que entrou em vigor no dia 4 de dezembro, mas que precisava da aprovação parlamentar em 60 dias.

O governo de Monti foi nomeado no mês passado para enfrentar uma queda na confiança do mercado, que pôs a Itália no centro da crise de dívida da zona do euro. Ele correu para buscar a aprovação da lei que reduz os gastos e aumenta os impostos para reforçar as finanças públicas e reduzir uma dívida que está em 120 por cento do Produto Interno Bruto.

O governo recorreu aos votos de confiança para evitar o debate sobre dezenas de emendas, muitas delas apresentadas pela oposição Liga Norte.

O antecessor de Monti, Silvio Berlusconi, havia pedido um voto de confiança, dizendo que seu partido PDL - o maior no Parlamento - iria apoiar o governo por uma questão de responsabilidade, não porque concorda com todos os sacrifícios que estão sendo pedidos dos italianos.

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