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Governo italiano muda projeto e desiste de taxar ricos

Nova proposta deverá incluir corte de vagas no Parlamento e redução de incentivos fiscais para cooperativas

Berlusconi desistiu do impostos para os mais ricos (Vincenzo Pinto/AFP)

Berlusconi desistiu do impostos para os mais ricos (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 16h05.

Roma - Os membros da coalizão governista de centro-direita da Itália chegaram hoje a um acordo sobre mudanças no pacote de austeridade de 45,5 bilhões de euros destinado a equilibrar o orçamento do país até 2013. Com o acordo, o governo italiano recuou em uma proposta anterior de um imposto de "solidariedade" sobre rendas mais elevadas e reduziu cortes planejados para o financiamento de governos locais.

Em um comunicado divulgado após uma reunião de sete horas entre lideranças da coalizão encabeçada pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a administração afirmou que também propôs mudanças constitucionais para cortar pela metade o número de membros do Parlamento e abolir governos provinciais, a fim de cortar o gasto público.

De acordo com as emendas propostas de um decreto aprovado em meados de agosto, o imposto de "solidariedade" será substituído por novas medidas fiscais, que combaterão a evasão fiscal e reduzirão as vantagens fiscais para as cooperativas. Pela proposta anterior, haveria um imposto de 5% sobre as rendas de mais de 90 mil euros ao ano, e de 10% nas rendas de mais de 150 mil euros anuais.

A coalizão de Berlusconi também proporá um aumento nos impostos para os próprio membros do Parlamento. Em comunicado, o governo enfatizou que as mudanças não alterarão as economias totais de 45,5 bilhões de euros.

As medidas mais recentes ainda precisam de uma aprovação final no Parlamento. A Itália tem um dos maiores níveis de endividamento do mundo e está com uma baixa taxa de crescimento. Pressionado por investidores e pelo Banco Central Europeu (BCE), o governo de Berlusconi anunciou este mês que pretende restaurar o equilíbrio orçamentário até 2013, e não em 2014 como anteriormente planejado.As informações são da Dow Jones.

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