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Governo iraquiano e curdos chegam a acordo sobre petróleo

Acordo foi concluído em Bagdá durante uma reunião de ministros presidida pelo primeiro-ministro Haidar al-Abadi

Premiê iraquiano Haidar al-Abadi com autoridades da segurança (D. Myles Cullen/AFP)

Premiê iraquiano Haidar al-Abadi com autoridades da segurança (D. Myles Cullen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 11h53.

Bagdá - O governo iraquiano e a região autônoma do Curdistão anunciaram nesta terça-feira um acordo para solucionar suas divergências em torno do orçamento e das exportações de petróleo, algo que deve facilitar a cooperação no combate aos extremistas islâmicos.

Este acordo foi concluído em Bagdá durante uma reunião de ministros presidida pelo primeiro-ministro Haidar al-Abadi, que teve a participação do chefe de governo curdo, Nechirvan Barzani.

O acordo, que entrará em vigor no começo de 2015, prevê que 250.000 barris diários sejam exportados da região autônoma e outros 300.000 barris, da disputada província de Kirkuk.

"Concluímos um acordo que beneficiará ambas as partes", comemorou Barzani diante de jornalistas ao final da reunião.

O petróleo será transportado pela rede de oleodutos curdos, mas sob controle da companhia federal de petróleo.

Em troca, Bagdá vai desbloquear parte do orçamento nacional correspondente ao governo regional curdo que está há mais de um ano congelado devido às desavenças em torno do petróleo.

Parte do orçamento federal de Defesa será dedicado aos 'peshmergas', as forças militares curdas.

As divergências sobre o petróleo deterioraram as relações entre Bagdá e Erbil, capital do Curdistão autônomo.

O governo federal considera que a energia produzida nas regiões pertence a todo o país. O Curdistão negocia diretamente com as companhias petroleiras porque considera que o petróleo que sai de seu território é propriedade da região.

As relações entre Bagdá e o Curdistão ficaram ainda mais tensas quando os curdos tomaram o controle de zonas federais disputadas, depois das derrotas sofridas pelo Exército durante a ofensiva do grupo Estado Islâmico (EI) em junho.

Elas melhoraram com a chegada ao poder de Abadi. O Exército federal e as tropas curdas têm cooperado na tentativa de reconquistar as áreas controladas pelo EI.

O acordo concluído nesta terça-feira é interino e as duas partes manterão as negociações para resolver os pontos pendentes.

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