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Governo investirá R$ 300 mil para evitar desastres em Angra

Este valor inclui os R$ 26 milhões investidos em no último ano e os R$ 50 milhões que serão gastos ainda neste ano, segundo um comunicado da estatal Eletronuclear


	Usinas de Angra: os investimentos estão previstas em um plano de ação elaborado pelo comitê que revisou a segurança das duas usinas após o acidente nuclear de Fukushima.
 (Wikimedia Commons)

Usinas de Angra: os investimentos estão previstas em um plano de ação elaborado pelo comitê que revisou a segurança das duas usinas após o acidente nuclear de Fukushima. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 16h31.

Rio de Janeiro - Os investimentos do governo para reforçar a segurança nas centrais de energia nuclear de Angra após o acidente ocorrido na central japonesa de Fukushima em 2011 alcançarão R$ 300 milhões até 2016, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

Este valor inclui os R$ 26 milhões investidos em no último ano e os R$ 50 milhões que serão gastos ainda neste ano, segundo um comunicado da estatal Eletronuclear, empresa responsável pela operação das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2.

Os investimentos extraordinários estão previstas em um plano de ação elaborado pelo comitê que revisou a segurança das duas usinas após o acidente nuclear de Fukushima, provocado por um terremoto seguido de um tsunami.

O chamado Plano de Resposta a Fukushima inclui 30 estudos e 28 projetos que serão desenvolvidos até 2016 para melhorar a proteção das centrais contra eventualidades, elevar a capacidade de esfriamento dos reatores e reduzir as possíveis consequências radiológicas de um acidente.

As medidas de proteção contra eventualidades de risco, como fortes chuvas, deslizamentos de terras, ondas gigantes e maremotos, propõem a identificação dos impactos que as instalações devem sofrer em consequência destas catástrofes naturais.

Um primeiro estudo sobre as medidas necessárias para prevenir acidentes em caso de tempestades, que são frequentes na região, está em fase de conclusão e contém ações preventivas adicionais em caso de inundações.


A Eletronuclear também se propõe a determinar as condições necessárias para garantir o esfriamento adequado dos reatores em condições extremas, que podem ocorrer pelo corte do fluido elétrico, pela perda da fonte de esfriamento e pelo bloqueio dos canais que introduzem água do mar.

Segundo a empresa, apesar das duas centrais já possuírem recursos para o esfriamento de suas instalações, foram recomendados projetos para "aumentar essa capacidade mediante ao uso de sistemas e de equipamentos fixos e móveis".

A empresa já está negociando a compra dos equipamentos recomendados e prevê sua instalação até o final deste ano.

O plano também prevê a adoção de medidas adicionais para impedir o vazamento de material radioativo em caso de acidentes.

"Estas medidas foram contratadas com as empresas responsáveis pelos projetos de Angra 1 e Angra 2, e seguem as mesmas soluções adotadas por plantas similares nos Estados Unidos e na Europa", informou a empresa.

O comitê que revisou a segurança das plantas também recomendou melhorias no plano de emergência externo, sugestões que foram repassadas à Defesa Civil, o órgão que seria responsável por uma possível desapropriação das cidades vizinhas.

Apesar do acidente de Fukushima, o governo mantém seu plano para concluir uma terceira usina nuclear em Angra dos Reis, que terá capacidade de 1.300 megawatts e deverá começar a ser construída em 2015, além da construção de quatro novas centrais em outros estados. 

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