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Governo haitiano revoga aumento de combustíveis após protestos violentos

Os protestos começaram depois que as autoridades estabeleceram aumentos de 49% no preço da gasolina, de 40% no diesel e de mais de 50% no querosene

Jovenel Moise, presidente do Haiti: o aumento no preço dos combustíveis é uma das medidas tomadas pelo governo haitiano como parte de um programa de ajustes assinado em fevereiro (Hector Retamal/AFP)

Jovenel Moise, presidente do Haiti: o aumento no preço dos combustíveis é uma das medidas tomadas pelo governo haitiano como parte de um programa de ajustes assinado em fevereiro (Hector Retamal/AFP)

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EFE

Publicado em 7 de julho de 2018 às 17h06.

Porto Príncipe - O governo do Haiti revogou neste sábado o forte aumento decretado sobre o preço dos combustíveis após os violentos protestos na capital e outros pontos do país que deixaram três mortos.

A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro, Jacques Guy Lafontant, horas depois de fazer um apelo à paz e solicitar o restabelecimento da ordem.

Os protestos começaram depois que as autoridades estabeleceram aumentos de 49% no preço da gasolina, de 40% no diesel e de mais de 50% no querosene, muito utilizado para iluminar as casas de haitianos com menos recursos.

Meios de comunicação locais afirmam que o presidente haitiano, Jovenel Moise, falará ao país nas próximas horas, após retornar da Jamaica, onde participou da cúpula do Caricom.

Por outra parte, autoridades confirmaram que vários hotéis foram atacados na exclusiva área de Pentionville, em Porto Príncipe, enquanto dezenas de veículos foram incendiados e outros tantos supermercados foram saqueados.

O aeroporto Toussaint Louverture da capital anunciou o fechamento das suas operações enquanto também foram registrados incidentes de violência em outros pontos do país.

O aumento no preço dos combustíveis é uma das medidas tomadas pelo governo haitiano como parte de um programa de ajustes assinado em fevereiro deste ano com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A polícia já respondeu com dezenas de agentes antidistúrbios, mas a situação ainda está fora do controle. Em áreas da capital se escutam desde sexta-feira rajadas de armas automáticas, enquanto o transporte de passageiros está paralisado. EFE

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