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Governo grego diz não reconhecer troika como interlocutora

"Não temos intenção de trabalhar com uma comissão que não tem razão de existir, inclusive desde a perspectiva do parlamento Europeu", diz ministro das Finanças


	Grécia: ministro acrescentou que sua intenção é cooperar plenamente com os parceiros europeus
 (Kostas Tsironis/Bloomberg)

Grécia: ministro acrescentou que sua intenção é cooperar plenamente com os parceiros europeus (Kostas Tsironis/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 14h34.

Atenas - O novo ministro das Finanças grego, Yanis Varufakis, disse nesta sexta-feira que seu governo não reconhece a "troika" de credores como interlocutora válida nas negociações sobre o programa de resgate da Grécia.

"Não temos intenção de trabalhar com uma comissão que não tem razão de existir, inclusive desde a perspectiva do parlamento Europeu", disse Varufakis em um comparecimento conjunto com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que está de visita oficial em Atenas.

A troika é composta pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

"Quero lembrar que este governo foi eleito com um programa que não admite o atual programa de resgate e nem que a dívida possa ser paga", destacou Varufakis, para acrescentar que sua intenção é cooperar plenamente com os parceiros europeus.

"Tentaremos convencer todas nossos parceiros na Finlândia e em outros países de que devemos encontrar uma solução pelo interesse comum europeu", disse.

Dijsselbloem, por sua vez, lembrou que o programa de resgate "se estende até o final de fevereiro" e acrescentou que "antes disso, decidiremos o que será feito. Não há nenhuma conclusão ainda".

A propósito de uma possível conferência internacional sobre a dívida grega, assunto que Varufakis expôs ao dirigente do Eurogrupo, este se mostrou taxativo.

"Esta conferência já existe e se chama Eurogrupo", assegurou.

Dijsselbloem disse, além disso, que o Eurogroupo "está comprometido em apoiar a Grécia na condição de que a Grécia cumpra com suas promessas".

"Os problemas da economia grega não desapareceram com as eleições" de domingo, que foi vencida pela coalizão esquerdista Syriza, recalcou o também titular holandês de Finanças.

"Os gregos passaram por muitas coisas nos últimos anos, fizeram muitos progressos e é importante não perdê-los", sugeriu.

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