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Governo francês abre contas antijihadistas no Facebook

Ação pretende reforçar discurso contra a propaganda do terrorismo


	Ação pretende reforçar discurso contra a propaganda do terrorismo
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Ação pretende reforçar discurso contra a propaganda do terrorismo (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2015 às 15h09.

Paris, 31 dez (EFE).- O governo francês abriu nesta quinta-feira contas antijihadistas nas redes sociais Twitter e Facebook, com as quais pretende reforçar seu discurso contra a propaganda do terrorismo responsável pela morte de pelo menos 147 pessoas no último ano na França.

A conta @stopdjihadisme contava com mais de 2.700 seguidores apenas oito horas após ter enviado o primeiro de seus nove tweets, seis deles com declarações do presidente francês, François Hollande, e de seu primeiro-ministro, Manuel Valls.

Outro tweet ilustrava com um desenho as opiniões oficiais e oferecia a imagem de um terrorista do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) com uma arma ainda fumegante às costas, cravando sua bandeira preta nas costas de um muçulmano ajoelhado em plena oração.

O perfil no Facebook, que foi ativado também nas primeiras horas deste 31 de dezembro, também publicou discursos, vídeos e declarações de Hollande e de Valls, e a mesma caricatura do sinistro terrorista assassinando um inocente muçulmano, enquanto a imagem escolhida para a capa é uma bandeira francesa.

As duas contas compartilham um similar número de seguidores ou de "curtidas", e o mesmo texto de apresentação: "Todos unidos contra o terrorismo jihadista. Nunca nos impedirão de viver como queremos. São nossos valores os que defendemos".

Ambas lembram que há mais informações no site "stop-djihadisme.gouv.fr", criado após a primeira série de atentados, nos dias 7, 8 e 9 de janeiro, durante a qual foram assassinadas 17 pessoas, entre elas vários caricaturistas da revista satírica "Charlie Hebdo".

No último dia 13 de novembro, na segunda onda de violência jihadista, ocorrida na boate Bataclan e em vários cafés e restaurantes parisienses, morreram 130 pessoas e mais de 300 ficaram feridas.

Em sua luta contra este tipo de ação, ambas contas lembram os franceses que "em 2015, como nos anos precedentes, as forças de segurança se mobilizaram para proteger-lhes".

Com estas novas atividades, o governo tenta resistir à eficácia propagandística do EI na internet e oferece um número de telefone gratuito por meio do qual parentes e amigos inquietos pela radicalização de um de seus membros ou conhecidos pode comunicar-se diretamente com o Ministério do Interior.

O Executivo francês considera fundamental reforçar sua guerra virtual contra o ativo recrutamento de centenas de jovens e "muito jovens" franceses de ambos sexos para lutar na Síria e no Iraque, fascinados pelo projeto e as promessas das organizações islamitas. EFE

lg/rsd

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