Mundo

Governo espanhol que diálogo em crise na Catalunha

Governo espanhol disse que 'um governante não pode fazer o que quiser', em alusão ao plebiscito convocado para o dia 9 de novembro pelo presidente da Catalunha


	Manifestantes marcham em Barcelona no dia 11 de setembro, Dia Nacional para o povo catalão: população exige referendo para independência da Espanha
 (Getty Images)

Manifestantes marcham em Barcelona no dia 11 de setembro, Dia Nacional para o povo catalão: população exige referendo para independência da Espanha (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2014 às 12h15.

São Paulo - O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, disse neste sábado que a 'lei e o diálogo' são a 'saída' para a situação criada na Catalunha pela convocação de um plebiscito em defesa da soberania pelo governo regional.

Além disso, advertiu ao presidente da região autônoma da Catalunha, Artur Mas, que 'um governante não pode fazer o que quiser', em alusão à convocação da consulta em defesa da soberania para o dia 9 de novembro, da qual o governo espanhol recorreu ao Tribunal Constitucional (TC).

Ao aceitar os recursos apresentados pelo Executivo espanhol, o TC suspendeu a convocação da consulta. No entanto, Mas e os partidos nacionalistas catalães decidiram manter sua iniciativa.

'Aqui na Espanha não há ninguém acima da lei. Primeiro a lei e depois o resto', advertiu Rajoy em um discurso na cidade de Guadalajara, no centro da Espanha.

O chefe do governo espanhol reprovou a política de 'imposição' e de 'fatos consumados' de Mas, ao destacar que 'aqui foi anunciado um plebiscito, a pergunta e a data sem consultá-lo (o governo)'.

Para Rajoy, a política é, entre outras coisas, 'a arte do diálogo' com o objetivo 'de avançar para um consenso'. O chefe do Executivo espanhol acrescentou que para tudo que está em jogo existe uma condição, que é a de dialogar 'dentro da lei'.

Se os catalães 'deixarem a Europa', será 'ruim para eles e para todos', advertiu Rajoy, ao ressaltar que 'separados somos menos, menos fortes, menos prósperos, com menos bem-estar e menos influentes'.

Admitiu que as regras do jogo estabelecidas pela Constituição espanhola 'podem mudar', mas apenas 'com o consenso de todos'.

O presidente catalão, por sua vez, declarou hoje em Barcelona que 'por mais que tentem parar a voz do povo da Catalunha, não o alcançarão'.

Em um ato simbólico, Mas recebeu hoje os prefeitos dos municípios que aprovaram a moção em defesa do direito de decidir, 920 de um total de 947 (96%), que aderiram à iniciativa promovida pela Associação de Municípios pela Independência (AMI) e a Associação Catalã de Municípios (ACM). EFE

Acompanhe tudo sobre:CatalunhaEspanhaEuropaPiigsPlebiscitoReferendo

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia