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Governo e rebelião muçulmana assinam paz nas Filipinas

"Venho aqui com o espírito em paz, para forjar uma cooperação de paz, com base em um acordo marco entre a MILF e o governo filipino", declarou o líder do movimento

Filipinos muçulmanos se reúnem em Manila para apoiar pacto de paz: o acordo marco prevê a criação de uma zona semiautônoma nas ilhas de Mindanao, sul do arquipélago (©AFP / Noel Celis)

Filipinos muçulmanos se reúnem em Manila para apoiar pacto de paz: o acordo marco prevê a criação de uma zona semiautônoma nas ilhas de Mindanao, sul do arquipélago (©AFP / Noel Celis)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 10h26.

Manila - Os líderes da rebelião muçulmana nas Filipinas assinaram nesta segunda-feira um acordo com o governo que fixa as etapas para acabar, até 2016, com várias décadas de uma violenta insurreição.

Os principais negociadores das duas partes assinaram um "mapa do caminho" em uma cerimônia transmitida pela televisão nacional no palácio presidencial, na presença do presidente Benigno Aquino e do líder da Frente Moro Islâmica de Libertação (MILF), Murad Ebrahim.

"Venho aqui com o espírito em paz, para forjar uma cooperação de paz, com base em um acordo marco entre a MILF e o governo filipino", declarou o líder do movimento guerrilheiro em um discurso pouco antes da assinatura do acordo.

"Oferecemos a mão da amizade e da cooperação ao presidente e ao povo filipinos", completou.

O presidente Aquino, comprometido com as negociações desde que chegou ao poder em 2010, afirmou que o acordo representa uma oportunidade para "culminar por fim em uma paz real e duradoura".

Murad Ebrahim é o primeiro líder da MILF convidado ao palácio presidencial, símbolo da esperança que estimula as duas partes sobre o fim de um conflito que deixou 150.000 mortos e centenas de milhares de deslocados em 40 anos.

O acordo marco prevê a criação de uma zona semiautônoma nas ilhas de Mindanao, sul do arquipélago, onde vivem entre quatro e nove milhões de muçulmanos, em um país de maioria católica.

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