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Governo e rebeldes terão amanhã primeiro encontro direto

Representantes do governo do Sudão do Sul e dos rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar terão amanhã a primeira reunião direta


	Militar no Sudão do Sul: duas partes acertaram na terça-feira passada começar as negociações
 (AFP/Getty Images)

Militar no Sudão do Sul: duas partes acertaram na terça-feira passada começar as negociações (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 16h32.

Adis Abeba - Representantes do governo do Sudão do Sul e dos rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar terão amanhã a primeira reunião direta na capital da Etiópia, Adis Abeba, segundo acertaram nesta sexta-feira em seus respectivos encontros com a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad).

Conforme informaram à Agência Efe fontes da negociação, amanhã poderia ser anunciada a libertação dos 11 aliados de Machar detidos pelo governo sul-sudanês, primeira condição exigida pelo ex-vice-presidente para iniciar as conversas.

As duas partes acertaram na terça-feira passada começar as negociações em Adis Abeba, quando o ultimato dado pela Igad - a autoridade interestadual mediadora do conflito - estava a ponto de expirar.

Os delegados de ambos os grupos chegaram à capital da Etiópia na quinta -feira pela noite, e nesta manhã começaram a reunir-se com representantes do Igad.

"As negociações começaram", disse hoje o ministro das Relações Exteriores etíope, Tedros Adhanom, através da conta do ministério no Twitter.

Os países do Leste da África "estão comprometidos em apoiar qualquer via possível", acrescentou.

A violência no Sudão do Sul explodiu em 15 de dezembro por conta de uma tentativa de golpe de Estado realizado por Machar, segundo Kiir.

Desde então, milhares de pessoas morreram e mais de 80 mil foram obrigadas a se deslocar para fugir dos enfrentamentos, segundo a ONU, que rejeitou qualificar o ocorrido como conflito étnico, e insistiu que se trata de uma luta por poder.

Os líderes da Igad pediram o cessar imediato das hostilidades, depois que Kiir aceitou de forma incondicional começar o diálogo.

Machar tinha se negado a negociar se o presidente não libertasse os 11 aliados da tentativa golpista, e a recusa de Kiir, que só se mostrou disposto a pôr em liberdade oito, esteve a ponto de levar ao colapso o plano negociador da Igad.

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