Mundo

Governo e rebeldes do Sudão do Sul negociarão cessar-fogo

Menos de duas horas antes de o acordo ser anunciado, autoridades disseram que milícias leais ao ex-vice-presidente Riek Machar ainda estavam lutando em Bor

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 13h32.

Juba - O governo e os rebeldes do Sudão do Sul firmaram um cessar-fogo nesta terça-feira, disseram os mediadores, porém não havia confirmação imediata de ambos os lados ou sinal de fim dos embates étnicos que devastaram a mais jovem nação do mundo.

Menos de duas horas antes de o acordo ser anunciado, autoridades disseram que milícias leais ao ex-vice-presidente Riek Machar ainda estavam lutando em Bor, a principal cidade no vasto e subdesenvolvido Estado de Jonglei e palco de um massacre étnico em 1991.

"Vamos retomar a parte que perdemos muito em breve", disse o prefeito de Bor, Nhial Majak Nhial, à Reuters. Um porta-voz rebelde no Estado vizinho de Unity disse que os rebeldes tinham tomado a cidade.

A Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês), formada por países do Leste Africano, afirmou que ambos os lados nomearam equipes para iniciar as negociações.

"O presidente Salva Kiir Mayardit e o doutor Riek Machar concordaram em acabar com as hostilidades e nomear negociadores para estabelecer um cessar-fogo que seja monitorado e implementado", acrescentou, sem dizer quando qualquer cessar-fogo ou diálogo poderá começar.

Potências ocidentais e regionais têm pressionado ambos os lados para acabar com o conflito que já matou pelo menos 1.000 pessoas, reduziu a produção de petróleo do Sudão do Sul e levantou temores de uma guerra civil no coração de uma região frágil.

Os confrontos eclodiram em 15 de dezembro com a luta entre um grupo de soldados em Juba. A violência rapidamente se espalhou para metade dos dez Estados, dividindo o país entre o grupo étnico Nuer, de Machar, e o Dinkas, ao qual pertence Kiir.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaMortesViolência política

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado