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Governo e oposição se enfrentam por protestos estudantis no Chile

O ex-presidente Frei (1994-2000) afirmou que "o Chile está à beira da ingovernabilidade"

Estudantes chilenos em protesto nas ruas contra a política do presidente Sebastián Piñera. (AFP/Maxi Failla)

Estudantes chilenos em protesto nas ruas contra a política do presidente Sebastián Piñera. (AFP/Maxi Failla)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 18h03.

SANTIAGO, Chile (AFP) - Uma disputa teve início entre o governo chileno e a oposição, depois que o ex-presidente Eduardo Frei acusou o atual presidente Sebastián Piñera de deixar o Chile à beira da "ingovernabilidade" ao não resolver o conflito estudantil que afeta o país há dois meses.

O ex-presidente Frei (1994-2000) afirmou que "o Chile está à beira da ingovernabilidade".

"Os jovens não se sentem ouvidos", declarou em uma entrevista ao jornal argentino La Nación e reproduzida pela imprensa chilena.

"Nasceram na democracia e não têm respostas. A única coisa que observam é um presidente que considera a educação um bem de consumo", completou Frei nas duras críticas ao atual presidente Sebastián Piñera.

Frei, que governou apoiado por uma coalizão de centroesquerda, comentou assim as manifestações estudantis no Chile que pedem uma educação pública de qualidade e gratuita.

A entrevista de Frei foi criticada pelo porta-voz do governo, Andrés Chadwick, que a chamou de "irresponsável" por ter sido concedida no exterior, o que para ele "provoca um dano".

"Se ele não quer colaborar para construir o país, que não ajude a destruí-lo", declarou Chadwick.

A popularidade de Piñera foi abalada pelos protestos estudantis e caiu a 26%, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP).

No último protesto, quinta-feira, os estudantes enfrentaram a polícia e mais de 850 pessoas foram detidas. Além disso, 100 manifestantes ficaram feridos.

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