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Governo e oposição decidem antecipar eleições na Irlanda

Eleição deve acontecer no nial de fevereiro; Parlamento dará prioridade a aprovação da nova Lei de Finanças

O atual gabinete do primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, tem apenas sete ministros (Mark Wilson/Getty Images)

O atual gabinete do primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, tem apenas sete ministros (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 17h17.

Dublin - O Governo e a oposição da Irlanda decidiram antecipar para o final de fevereiro as próximas eleições gerais no país, antes marcadas para o dia 11 de março, assim que o Parlamento aprovar a nova Lei de Finanças.

O acordo ocorre como uma tentativa de governistas e opositores encerrarem a crise política que afeta a Irlanda.

Segundo o ministro das Finanças irlandês, Brian Lenihan, entre esta terça-feira e quinta-feira, a câmara baixa parlamentar (Dáil) irá se dedicar exclusivamente a debater a legislação sobre finanças, que dá sinal verde ao Orçamento Geral para 2011, o mais austero na história do país.

A nova lei também dá cobertura legal ao conjunto de medidas previstas ao processo de reestruturação da economia nacional durante os próximos quatro anos, como estabelecem as condições de resgate financeiro da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Irlanda.

Na sexta-feira e no sábado, a câmara alta parlamentar (Seanad) deve aprovar a lei e o processo poderia então ser considerado concluído, o que permitiria convocar eleições para o dia 25 de fevereiro, data preferida pela oposição.

Depois de o Partido Verde se retirar neste domingo do Governo de coalizão, até então aliado do partido majoritário Fianna Fáil (FF) desde 2007, nenhuma das legendas irlandesas queria o dia 11 de março como data para realizar o pleito em questão.

Na quinta-feira passada, o primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, elegeu essa data para antecipar as eleições depois que o então chanceler, Michéal Martin, abandonou o cargo após não conseguir tirá-lo da liderança do FF.

Outros cinco ministros correligionários renunciaram no mesmo dia, eles que, ao contrário de Martin, não concorrerão às eleições. A atitude coletiva foi interpretada pela oposição como uma grosseira manobra para renovar o deteriorado Governo e o próprio FF, que está no poder irlandês desde 1997.

Cowen não conseguiu convocar novos ministros e se viu obrigado a renunciar como líder do partido neste sábado, mas como decidiu continuar como "Taoiseach" (primeiro-ministro), os verdes forçaram sua saída do Governo.

No atual Gabinente, só restam sete ministros do FF, o mínimo permitido pela Constituição irlandesa, o que significa que muitos deles assumem duas ou mais pastas ministeriais.

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