Mundo

Governo e estudantes de Hong Kong se reunem sexta-feira

Subsecretário de assuntos constitucionais local disse que as conversas serão abertas ao público e que as negociações tiveram um "bom começo" até o momento

Protesto em Hong Kong: líderes afirmam que movimento está longe de ter sido derrotado (Bobby Yip/Reuters)

Protesto em Hong Kong: líderes afirmam que movimento está longe de ter sido derrotado (Bobby Yip/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 16h36.

Hong Kong - O governo de Hong Kong e os manifestantes vão se reunir na sexta-feira para discutir detalhes da reforma política, informou o subsecretário de assuntos constitucionais local, Lau Kong-wah.

Ele disse que as conversas serão abertas ao público e que as negociações tiveram um "bom começo" até o momento.

A multidão de manifestantes que encheu as ruas de Hong Kong exigindo mais democracia diminuiu dramaticamente nesta terça-feira, depois de líderes estudantis e o governo terem concordado em realizar negociações.

Apesar da redução do número de ativistas nas ruas, os líderes dos manifestantes afirmam que o movimento está longe de ter sido derrotado.

Na noite de segunda-feira, Lau Kong-wah, subsecretário de Assuntos Constitucionais do território, disse que o governo e os estudantes haviam concordado com termos para as negociações, afirmando que eles entrariam nas discussões em pé de igualdade.

Mas as autoridades não devem concordar com as exigências imediatas dos manifestantes, que incluem a renúncia do chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying.

Eles também demandam uma maior participação nas eleições de 2017 para a escolha do principal líder do território, conhecido como chefe do Executivo, do que o governo de Pequim está disposto a permitir.

Pequim, que controla Hong Kong mas permite muito mais liberdades para seus habitantes do que na China continental, quer que todos os candidatos sejam aprovados por um comitê formado principalmente por magnatas e outras elites.

Os estudantes querem que qualquer pessoa possa se candidatar.

Um porta-voz da polícia disse nesta terça-feira que "a possibilidade de novos confrontos está aumentando" no distrito de Mong Kok, onde uma multidão tentou expulsar os manifestantes no final de semana.

Os manifestantes "ocupam a rua ilegalmente há vário dias", disse o porta-voz Steve Hui, acrescentando que as autoridades vão "adotar ações na hora apropriada".

Confrontos anteriores, porém, foram um tiro pela culatra para o governo.

Quando a polícia usou gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes desarmados, em 28 de setembro, provocou um recrudescimento do apoio aos protestos, o que levou dezenas de milhares de pessoas para as ruas.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Hong KongMetrópoles globaisPolítica no BrasilProtestosProtestos no BrasilReforma política

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA