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Governo dos EUA levará brasileiros para conhecer novas tecnologias de energia limpa e ferrovias

Missões comerciais serão realizadas em 2024 pela agência Ustda, que apoia adoção de novidades que tragam redução de poluentes

Energia eólica: turbinas na Serra da Babilônia, na Bahia (Maria Arrellaga/Getty Images)

Energia eólica: turbinas na Serra da Babilônia, na Bahia (Maria Arrellaga/Getty Images)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 18h16.

Última atualização em 13 de setembro de 2023 às 18h51.

O governo americano anunciou que fará três missões comerciais para levar empresários e representantes do setor público do Brasil para conhecerem iniciativas nos Estados Unidos envolvendo energia limpa, transporte ferroviário e redução de emissões de gás metano.

As missões foram anunciadas nesta quarta, 13, pela Ustda (Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA, na sigla em inglês). As datas exatas e a lista de convidados ainda serão definidas. As viagens devem ser realizadas em 2024 ou começo de 2025 e levar entre 20 e 30 representantes cada uma.

"Eles se encontrarão com investidores, fornecedores e especialistas em regulação e em políticas para aprender mais sobre as últimas tecnologias e práticas dos EUA", disse Enoh Ebong, diretora da Ustda, durante conversa com jornalistas em São Paulo.

Após a missão comercial, a expectativa é que os brasileiros encontrem ideias nos EUA que possam ajudar a resolver questões da realidade local. A Ustda também oferece financiamentos para estudos e testes com tecnologias americanas que possam ser compradas pelo Brasil. Há também apoio para o preparo de compras públicas que envolvem essas novas tecnologias. 

"Não podemos vir aqui e trazer a expertise em um vácuo. Temos de fazer isso em parceria com a expertise que encontramos aqui no terreno. Há conhecimento aqui, e estamos trabalhando juntosi", disse Ebong. 

A diretora disse ver o Brasil como um país que está liderando esforços de transição energética e que pode dar exemplo por ter grande parte de sua matriz limpa, pelo amplo uso de hidrelétricas. "Nas reuniões, o Brasil tem deixado claro quais são suas prioridades e necessidades. Há clareza de visão", resume Ebong. 

A diretora visita o Brasil nesta semana. Ela esteve em Brasília e São Paulo e seguiria para o Rio de Janeiro na noite desta quarta. Ebong veio acompanhar o andamento de outros projetos que a agência têm no Brasil. Desde sua criação, em 1992, a entidade já financiou mais de 300 iniciativas no país.

Atualmente, a Ustda possui algumas parcerias com empresas e entidades brasileiras na área de infraestrutura e transportes, e planeja expandir sua atuação no setor de saúde. Em energia, há cooperações com a Cemig, para ampliar a adesão de geradores de energia solar na rede, e com a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia) para a melhoria nas redes e distribuição. 

Há também acordos com a ANTPTrilhos, para otimizar manutenção de sistemas de transporte de passageiros, com a CPTM, para melhorar a eficiência da operação, e com a Compesa, de Pernambuco, para automatizar sistemas de abastecimento de água e esgoto. 

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