Gaza: "queremos ver fim das tensões no território, é de interesse para todas as partes", diz porta-voz (REUTERS/Mohammed Salem)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2014 às 19h59.
Washington - O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira que está auxiliando cidadãos americanos a deixarem a Faixa de Gaza, em meio aos confrontos entre milícias palestinas e o Exército de Israel.
O Consulado Geral americano em Jerusalém já começou o processo de evacuação de 150 cidadãos, acompanhados pelas famílias, que estão sendo transferidos para Jordânia de ônibus, de acordo com a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
"É um processo que está em andamento", anunciou a assessora, que revelou que o consulado enviou uma mensagem no dia 10 de julho para aqueles que precisassem de assistência para deixar a Faixa de Gaza. Cerca de 300 solicitações foram recebidas.
"Seguimos comprometidos com a comunidade local para garantir que possamos auxiliar a maior quantidade possível de cidadãos americanos", afirmou Psaki.
Mais de 205 palestinos morreram - a maioria civis, sendo 40 crianças - e mais de 1.500 ficaram feridos na operação israelense "Limite Protetor" em Gaza, que nesta quarta-feira chega ao nono dia, segundo dados do Ministério da Saúde palestino.
A porta-voz reiterou que os Estados Unidos trabalham para que ambas as partes aceitem um cessar-fogo, como o que propôs esta semana o Egito, que obteve o sinal verde de Israel e da comunidade internacional, mas não do Hamas.
"Queremos ver o fim das tensões no território. É de interesse para todas as partes", disse a assessora. Por isso, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, continua em negociações com os líderes da região de modo a fazer pressão pelo cessar-fogo.
Os Estados Unidos, que não têm contato direto com o Hamas, já que a organização está em sua lista de grupos terroristas, buscam firmar o compromisso dos países da região que possam ter influência sobre a milícia palestina para que aceitem o acordo.
A porta-voz lamentou as mortes dos civis, o que considerou "trágico", assim como apoiou o direito de Israel se defender e assinalou que, com a rejeição do cessar-fogo, o "Hamas está pondo em risco os próprios integrantes em Gaza ao continuar com os atos". EFE