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Governo do Missouri envia Guarda Nacional para Ferguson

A morte de Brown elevou as tensões raciais entre a comunidade local predominantemente negra e a polícia formada em sua maioria por brancos


	Últimos confrontos ocorreram no dia em que o Procurador Geral solicitou nova autópsia em Brown
 (Reuters/Lucas Jackson)

Últimos confrontos ocorreram no dia em que o Procurador Geral solicitou nova autópsia em Brown (Reuters/Lucas Jackson)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 14h35.

Ferguson - O governo do estado norte-americano de Missouri enviou nesta segunda-feira oficiais da Guarda Nacional para o subúrbio de St. Louis, em Ferguson, para ajudar na tentativa de controlar os protestos contra o assassinato do adolescente negro Michael Brown, morto a tiros por um policial branco no último dia 9.

Na noite de domingo, os policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes, em resposta a tiros, saques e atos de vandalismo por parte daqueles que protestavam, segundo versão da própria polícia.

A morte de Brown elevou as tensões raciais entre a comunidade local predominantemente negra e a polícia formada em sua maioria por brancos.

O governador Jay Nixon disse que a Guarda pode ajudar a "restabelecer a paz e a ordem" em Ferguson, onde os protestos contra o assassinato chegam a segunda semana.

"Esses atos de violência são um desserviço à família de Michael Brown e sua memória e às pessoas da sua comunidade, que clamam por justiça e por segurança", disse Nixon.

O capitão Ron Johnson, da Polícia Rodoviária de Missouri, e que está no comando das ações em Ferguson, afirmou que pelo menos duas pessoas foram feridas por tiros de civis.

Os últimos confrontos ocorreram no mesmo dia em que o Procurador Geral dos Estados Unidos, Eric Holder, solicitou exames de autópsia em Brown, cujos resultados preliminares dão conta de que o jovem foi atingido por pelo menos seis tiros, dos quais dois teriam sido na cabeça.

O policial que atirou no adolescente chama-se Darren Wilson e tem seis anos de experiência na polícia. Antes do incidente, não havia nenhuma queixa contra ele.

A polícia de Ferguson esperou seis dias para divulgar seu nome e documentos que alegam que Brown teria assaltado uma loja de conveniência. Segundo o chefe de polícia Thomas Jackson, Wilson não sabia que Brown era suspeito de assaltar a loja quando o encontrou caminhando na rua com um amigo.

Fonte: Associated Press.

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