Mundo

Governo diz que shopping está sob controle no Quênia

Autoridades disseram que suas forças estavam "no controle" de um shopping onde o grupo somali Al Shabaab lançou ataque que matou 62 pessoas

Policial armado é visto em meio a civis deixando á área de um shopping em Nairóbi, no Quênia, onde houve um ataque do grupo islâmico somali Al Shabaab (Siegfried Modola/Reuters)

Policial armado é visto em meio a civis deixando á área de um shopping em Nairóbi, no Quênia, onde houve um ataque do grupo islâmico somali Al Shabaab (Siegfried Modola/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 20h03.

Nairóbi - Autoridades quenianas disseram na terça-feira (horário local) que suas forças estavam "no controle" do shopping Westgate em Nairóbi onde o grupo islâmico somali Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, lançou um ataque no sábado que matou pelo menos 62 pessoas.

"Nossas forças estão vasculhando o shopping andar por andar em busca de alguém que tenha ficado para trás. Nós acreditamos que todos os reféns foram libertados", afirmaram o Ministério do Interior e a Coordenação do Governo Nacional pelo Twitter.

Segundo a Embaixada do Brasil em Nairóbi, não havia brasileiros entre as vítimas do ataque.

Mais cedo, o ministro queniano do Interior, Joseph Ole Lenku, disse em entrevista coletiva que os militantes chegaram a incendiar colchões em um supermercado nos pisos inferiores do shopping, mas o fogo fora controlado, segundo o ministério.

Ole Lenku disse que dois agressores foram mortos nesta segunda-feira, elevando a três o total de militantes mortos até agora. Ele acrescentou que não havia mulheres entre os agressores, embora alguns estivessem travestidos. No entanto, uma fonte de segurança e dois soldados disseram que uma mulher branca estava entre os autores do ataque e foi morta.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, rejeitou a exigência feita no domingo pelos militantes para que o Quênia retirasse suas tropas da vizinha Somália.

Kenyatta, que perdeu um sobrinho no ataque de sábado, disse que não faria concessões na "guerra ao terrorismo" na Somália, onde tropas quenianas há dois anos colocam o grupo Al Shabaab na defensiva, como parte de uma missão de paz patrocinada pela União Africana.


O chefe do Estado-Maior queniano, Julius Karangi, disse que os pistoleiros vieram "do mundo todo", mas não citou suas nacionalidades. "Estamos enfrentando o terrorismo global aqui", afirmou.

Em Washington, as autoridades disseram estar monitorando os esforços do Al Shabaab para recrutar militantes nos Estados Unidos, mas afirmaram não ter informações diretas sobre o eventual envolvimento de norte-americanos no ataque de Nairóbi.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descendente de quenianos, disse que os EUA estão oferecendo cooperação ao país africano para lidar com o "terrível atentado" sofrido.

Autoridades de segurança próximas ao shopping disseram que as explosões ouvidas nesta segunda-feira, por volta da hora do almoço, ocorreram porque forças quenianas estavam abrindo caminho à força.

O Al Shabaab havia ameaçado matar reféns se a polícia entrasse no shopping.

Ecoando outros funcionários, que destacam o sucesso no resgate de centenas de pessoas retidas no shopping depois do massacre de sábado, Ole Lenku afirmou que a maior parte do complexo está sob controle das autoridades e que os militantes não têm como fugir.

"Estamos fazendo tudo o que é razoavelmente possível, mas cautelosamente, para encerrar o processo", disse o ministro. "Os terroristas podem estar correndo e se escondendo em algumas lojas, mas todos os andares agora estão sob nosso controle", disse o ministro.

Atualizado às 20h02min.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaIslamismoQuêniaTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada