Nos últimos meses, cinco foram desligadas. Amanhã, outras 34 serão desligadas, o que deve representar uma economia mensal de R$ 1,4 bilhão (Divulgação/MPX)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 17h46.
Brasília - O governo vai desligar, a partir desta quinta-feira, 04, todas as usinas térmicas movidas a óleo diesel e combustível que estão em funcionamento.
O anúncio foi feito na tarde desta quarta pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Em outubro, devido à escassez de chuvas e à queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, todas essas usinas foram acionadas. Nos últimos meses, cinco foram desligadas. Amanhã, outras 34 serão desligadas, o que deve representar uma economia mensal de R$ 1,4 bilhão. O desligamento atinge 3,8 mil MW de potência.
"As chuvas vieram na medida das nossas expectativas. Os reservatórios estão cheios, com exceção do Nordeste, onde estamos com uma dificuldade pequena", disse o ministro a jornalistas.
Segundo Lobão, as bacias dos rios Uruguai, Paraná, Tietê e Iguaçu estão com um comportamento "excelente". "Em razão disso, resolvemos desligar todas as térmicas movidas a diesel e óleo." O ministro declarou que somente as térmicas mais baratas, movidas a gás, biomassa, carvão e nuclear, continuarão ligadas. "As usinas que permanecem são as de custo mais baixo", completou.
"Se o regime de chuvas for adequado, não religaremos nenhuma", disse Lobão, advertindo que, em caso de necessidade, podem voltar a ser acionadas. Segundo ele, o custo de R$ 1,4 bilhão mensal representa mais de dois terços do total de gastos que o governo tem com as usinas térmicas. "A ideia era manter as térmicas ligadas pelo tempo necessário, e julgamos que as térmicas mais caras não são mais necessárias. Temos segurança quanto ao abastecimento de energia elétrica no País. As hidrelétricas, junto com as térmicas mais baratas, darão conta."
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que houve melhora das condições hidrológicas, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste. "Estamos acompanhando e, se a melhoria continuar, podemos parar mais térmicas."
Grupo X
A imprensa aproveitou para questionar o ministro sobre as dificuldades que o Grupo X, do empresário Eike Batista, vem enfrentando e saber qual a posição do governo. Lobão negou o planejamento de qualquer tipo de auxílio oficial para as companhias da holding.