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Governo define até o final do ano locais de novas usinas nucleares

Rio de Janeiro - O governo federal define até o fim deste ano a localização das novas usinas nucleares, projetadas para operar a partir de 2020. A informação foi divulgada hoje (11) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, após assinatura de acordo com o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O governo federal define até o fim deste ano a localização das novas usinas nucleares, projetadas para operar a partir de 2020. A informação foi divulgada hoje (11) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, após assinatura de acordo com o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, para dar início formal aos estudos.

"Até o final deste ano, pretendemos ter uma primeira versão do documento com as localidades onde podemos construir usinas nucleares", afirmou Tolmasquim. A definição do local e o início das operações, ressaltou ele, leva cerca de dez anos.

Nos próximos 20 anos, mais quatro usinas nucleares devem entrar em operação. Elas terão potencial estimado de 1.000 megawatts cada para atender a demanda futura de energia do país, hoje garantida por hidrelétricas. As usinas não seriam construídas ao mesmo tempo, mas em intervalos de cinco anos, segundo Tolmasquim.

"No Plano Nacional de Energia para 2030, foi estipulado como meta a conclusão da Usina de Angra 3 e a instalação de mais quatro plantas. Para isso é preciso que haja estudos dos potenciais sítios para essas usinas. Já há uma análise inicial para a Região Nordeste e agora assinamos um acordo para analisar os sítios no Sudeste, Sul e em parte do Centro-Oeste", explicou o o presidente da EPE.

O objetivo dos estudos, segundo Tolmasquim, é mapear essas localidades, levando em conta uma série de aspectos, como a presença de água em abundância – próximo a rios ou mar - e a existência de rotas de fuga, em casos de emergências. Outro item que será analisado, na segunda fase do estudo, é a demanda da região pela energia produzida.

Tolmasquim destacou que o potencial energético hídrico viável - econômica e ambientalmente - deve se esgotar por volta de 2025, porque as grandes usinas ficam cada vez mais longe dos centros urbanos e causam grandes impactos ambientais. A partir daí, assinalou presidente da EPE, as usinas nucleares terão uma participação crescente na matriz brasileira, saindo dos atuais 2% para um percentual mais expressivo.

Entre os fatores que devem elevar significativamente a demanda energética nacional, está a entrada no mercado dos carros elétricos, em substituição aos movidos a derivados de petróleo.

O presidente da EPE salientou que construção de usinas nucleares também é estratégica para a manutenção da tecnologia adquirida pelo país nas últimas décadas, garantindo a entrada de novos profissionais na área. Isso evitará perda de conhecimento ao longo das próximas gerações.

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