Mundo

Governo de Tóquio pede que pais não deem água da torneira a bebês

A recomendação para crianças é de pelo menos um ano nas regiões central e oeste do Japão

Níveis de iodo radioativo perto da usina de Kanamachi podem ser mortais aos recém-nascidos (Chris McGrath/Getty Images)

Níveis de iodo radioativo perto da usina de Kanamachi podem ser mortais aos recém-nascidos (Chris McGrath/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 21h22.

Tóquio - O Governo de Tóquio aconselhou nesta quarta-feira os pais a não darem água da torneira às crianças com menos de um ano por ter registrado níveis de iodo radioativo superiores ao limite aconselhável para o consumo de bebês.

As autoridades de Tóquio detectaram uma concentração de iodo de 210 becquerel por quilo na usina de Kanamachi - que abastece as regiões central e oeste da capital japonesa -, acima do limite de 100 becquerel por quilo considerado seguro para as crianças.

Segundo o Ministério de Educação e Ciência japonês, o limite de iodo na água corrente, no caso dos adultos, é de 300 becquerel por quilo.

A recomendação do Governo metropolitano afeta 23 bairros do centro da capital e outros cinco distritos vizinhos: Musashino, Machida, Tama, Mitaka e Inagi.

O prefeito de Tóquio, Shintaro Ishihara, pediu "calma" e "sensatez" à população da capital japonesa diante da recomendação e assinalou que o consumo de água da torneira é seguro para os adultos.

Ishihara indicou que as autoridades sanitárias de Tóquio estão meindo a qualidade da água da capital de forma constante.

No último sábado, o Governo japonês havia reconhecido que detectara indícios de iodo radioativo na água de Tóquio e em seus arredores, embora em níveis muito abaixo do limite legal.

Nesta quarta-feira, o Executivo japonês recomendou que não sejam consumidas verduras como espinafre, brócolis e couve produzidas na província de Fukushima, onde está localizada a usina nuclear na qual se luta para conter o vazamento radioativo desde o terremoto do dia 11.

Além disso, foi pedido que a população não consuma leite e salsinha da província vizinha de Ibaraki devido a níveis de radiação superiores ao normal.

Segundo indicou em entrevista coletiva Yukio Edano, porta-voz do Executivo japonês, se trata de uma medida de precaução.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaDesastres naturaisEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaJapãoPaíses ricosTerremotosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado