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Governo de oposição sírio dissolve conselho militar

O governo da oposição síria no exílio dissolveu o conselho superior militar do Exército Sírio Livre por denúncias de corrupção

Exército Sírio Livre: exército está formado por soldados, oficiais e generais desertores (Karam al-Masri/AFP)

Exército Sírio Livre: exército está formado por soldados, oficiais e generais desertores (Karam al-Masri/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 10h08.

Beirute - O governo da oposição síria no exílio dissolveu o conselho superior militar do Exército Sírio Livre (ASL), uma instância da rebelião moderada acusada de corrupção, segundo comunicado difundido nesta sexta-feira.

A decisão foi tomada na noite de quinta-feira, no mesmo dia em que a Casa Branca anunciou que o presidente Barack Obama pediu ao Congresso que autorize um orçamento de 500 milhões de dólares para "treinar e equipar" a oposição moderada armada que luta contra o regime de Bashar al-Assad há três meses.

No terreno, esta oposição está ficando relegada a um segundo plano ante os jihadistas, principalmente os do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), que desde o começo de junho realiza uma ofensiva agressiva no vizinho Iraque, depois de ter se apoderado de boa parte do leste da Síria.

"O chefe do governo provisório, Ahmad Tohmé decidiu dissolver o conselho militar superior e levar seus membros ante o comitê de controle financeiro e administrativo do governo para que sejam investigados", segundo comunicado difundido no Facebook do Executivo.

"O chefe do Estado-Maior, general de brigada Abdel Ila al Bashir, também foi destituído", afirma o texto, que pede "às forças revolucionárias efetivas na Síria a formação de um conselho de defesa militar e uma reestruturação total do Estado-Maior antes de um mês".

O ASL está formado por soldados, oficiais e generais desertores aos quais se uniram os civis que pegaram em armas após a brutal repressão do regime em março de 2011 contra um movimento de protestos que pedia reformas.

Mas, pouco a pouco, viram seus ativistas passando para as fileiras dos islamitas radicais e dos jihadistas, muitos deles procedentes do exterior, que estão melhor financiados e armados.

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