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Governo de Milei fará exame de aptidão em 40 mil funcionários públicos e demitirá quem for reprovado

Governo argentino afirmou que, até junho, demitiu 26,6 mil funcionários da administração federal e contratou 2,7 mil

Milei: ajustes fazem parte da política da motosserra (Tomas Cuesta/Getty Images)

Milei: ajustes fazem parte da política da motosserra (Tomas Cuesta/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 21h12.

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O governo argentino  de  Javier Milei anunciou que submeterá cerca de 40 mil funcionários públicos a um "exame de aptidão", sendo que aqueles que não forem aprovados poderão ser demitidos.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, que destacou que o exame será obrigatório para todos os servidores cujos contratos expirarem em 31 de dezembro.

No serviço público argentino, é comum que funcionários atuem sob contratos temporários, que são renovados anualmente, o que pode criar uma situação de precariedade que pode durar décadas.

Adorni esclareceu que o exame será um requisito necessário, mas a renovação dos contratos também dependerá de outros critérios, como o mérito do funcionário.

"Será um requisito necessário, mas não suficiente, pois depois, claro, definirão a renovação ou não pelos parâmetros habituais de se a pessoa merece a renovação do contrato", explicou o porta-voz.

Trabalhadores com deficiência ficarão temporariamente isentos da avaliação, já que "os sistemas necessitam de adaptações adicionais".

Política de ajuste fiscal

Desde que assumiu em dezembro do ano passado, o presidente Javier Milei implementou uma série de medidas de ajuste fiscal, simbolizadas pela chamada política da motosserra.

Entre as mudanças, estão a eliminação do Ministério da Mulher, a despromoção do Ministério da Educação, além da suspensão de organizações de combate à violência de gênero e à discriminação, e do Instituto de Assuntos Indígenas.

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