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Governo de Chávez não reconhecerá os rebeldes da Líbia

Ministro de Relações Exteriores da Venezuela considerou que intervenção militar transformou a Líbia em "uma região insegura" e defendeu Kadafi

Hugo Chávez já defendeu sua amizade com Kadafi (Michael Nagle/Getty Images)

Hugo Chávez já defendeu sua amizade com Kadafi (Michael Nagle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 14h31.

Caracas - O Governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, não reconhecerá os rebeldes da Líbia e manterá seu apoio ao líder Muammar Kadafi, informou o vice-ministro das Relações Exteriores para a África, Reinaldo Bolívar.

"A Venezuela não vai reconhecer as pessoas que estão em Benghazi. Reconhece o Governo legítimo da Líbia e, se o povo escolher outro Governo legítimo, será reconhecido no contexto do direito internacional", disse Bolívar em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal oficial "Correo del Orinoco".

O vice-chanceler assegurou que no país africano "não havia problemas até uma coalizão liderada por Estados Unidos e países europeus dar início aos bombardeios" e agora se trata de "uma região insegura".

Ele ressaltou que as Nações Unidas "puseram uma corda no pescoço, pois é a primeira vez que o organismo apoia um grupo rebelde, um grupo que se declarou em guerra", o que, segundo ele, é "perigosíssimo".

"As Nações Unidas aprovariam um bombardeio sobre os EUA porque há um grupo em Porto Rico que quer a independência?", questionou.

Bolívar afirmou, além disso, que "há uma tentativa de matar o líder da revolução líbia" e qualificou o discurso dos países aliados como "cínico" por estabelecer uma zona de exclusão aérea e bombardear Trípoli.

Chávez, que manteve contato com Kadafi nas últimas semanas e defende sua amizade com o líder líbio, condenou reiteradamente a intervenção militar de EUA e seus aliados europeus e os acusou de estarem "enlouquecidos" pelo petróleo e de querer se apropriar das reservas monetárias do país africano em momentos de crise.

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