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Governo das Malvinas não vê porquê negociar com Argentina

Para o governador da ilha, não faz sentido negociar enquanto Buenos Aires continuar desafiando o direito dos habitantes da região à livre determinação

O governador das Malvinas, Nigel Haywood: "os moradores querem ser britânicos. A Argentina desafia este direito, portanto as negociações não fazem sentido"
 (Martin Bernetti/AFP)

O governador das Malvinas, Nigel Haywood: "os moradores querem ser britânicos. A Argentina desafia este direito, portanto as negociações não fazem sentido" (Martin Bernetti/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 11h12.

Porto Argetino/Stanley - O governador britânico das Malvinas, Nigel Haywood, afirmou quase 30 anos depois do conflito entre Argentina e a Grã-Bretanha, que não faz sentido negociar enquanto Buenos Aires continuar desafiando o direito dos habitantes da ilha à livre determinação.

"As ilhas são britânicas, temos todos os direitos sobre elas, os moradores querem ser britânicos. A Argentina desafia este direito, portanto as negociações não fazem sentido", disse Haywood em entrevista à AFP.

"Não se pode negociar a soberania das ilhas por sobre as cabeças dos moradores. É isso o que significa a livre determinação de acordo com a carta das Nações Unidas".

As Ilhas Malvinas têm uma extensão territorial similar a do Líbano ou Jamaica.

Haywood não descartou a ideia de um referendo local sobre o tema, caso a ONU solicite e se o pleito servir para resolver a questão de uma vez por todas.

O governador britânico se mostrou tão confiante com o resultado do referendo que até citou a ideia de permitir que a Argentina distribua panfletos informativos durante a campanha.

O Reino Unido afirma que sempre respeitará a livre determinação dos 3.000 habitantes locais ante a permanente reclamação argentina, que considera que as ilhas foram usurpadas e colonizadas por Londres em 1833.

No dia 2 de abril completa 30 anos o desembarque militar argentino nas ilhas Malvinas, que iniciou uma guerra de 74 dias, finalizada em 14 de junho de 1982 com a rendição das forças sul-americanas.

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