Mundo

Governo da Rússia nega que esteja apoiando Assad

Antes da declaração, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton criticou a Rússia e a China por "apoiarem o regime" sírio

Bashar al-Assad, ditador da Síria: informação da Rússia é do vice-ministro de Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov (Getty Images)

Bashar al-Assad, ditador da Síria: informação da Rússia é do vice-ministro de Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h18.

Moscou - O governo russo declarou nesta sexta-feira que rejeita "categoricamente" a ideia de que toma o partido do regime de Bashar Assad no conflito na Síria. "Eu rejeito categoricamente a formulação que a Rússia apoia o regime de Bashar Assad na situação que tem se desenrolado na Síria", disse o vice-ministro de Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov.

Mais cedo nesta sexta-feira, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton e outros diplomatas fizeram duras críticas à posição de Moscou durante a reunião dos "Amigos da Síria" realizada em Paris. Rússia e China não participam do encontro.

"A Federação Russa está engajada em não apoiar políticos específicos ou figuras políticas nas Síria, mas sim num trabalho que, esperamos, ajudará a criar um importante diálogo entre as autoridades e a oposição", disse Ryabkov em comunicado citado por agências de notícias russas. "A questão não é apoiar figuras políticas ou líderes específicos, mas colocar o processo de regulação da crise numa base política normal."

Hillary criticou a Rússia e a China durante a reunião por "apoiarem o regime", dizendo que os dois países estão "impedindo o progresso" para a regulamentação do conflito e pediu aos demais países que pressionem Moscou e Pequim a respeito desta questão. Segundo ela, a ajuda da Rússia é uma das poucas coisas que mantém o regime. "Isso não é mais tolerável", declarou Hillary.

Ryabkov, por sua vez, acusou o Ocidente de estar preso à mentalidade da Guerra Fria. "Infelizmente, não podemos pressionar nossos parceiros, dentre eles os ocidentais, a entender vários pontos básicos", disse ele. "O Ocidente ainda opera com a noção do 'que é nosso e o que é deles', de 'quem é nosso cliente' e assim por diante."

"Nós acreditamos que tal terminologia deveria ser deixada no passado. Se ainda é empregada por esses políticos, isso significa que eles estão atrás em sua forma de pensar", disse ele. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBashar al-AssadDiplomaciaDitaduraEuropaMassacresPolíticosRússiaSíria

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia