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Governo da França diz que figura de Le Pen ‘está sujeita ao julgamento da história’

Líder histórico da extrema direita, Le Pen deixa um legado controverso após 70 anos de vida pública

Jean Marie Le Pen: figura central da extrema direita francesa (AFP)

Jean Marie Le Pen: figura central da extrema direita francesa (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 19h00.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 19h05.

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A figura de Jean Marie Le Pen, que morreu nesta terça-feira, 7, aos 96 anos, “está sujeita ao julgamento da história”, afirmou o Palácio do Eliseu, sede do governo da França, em comunicado sobre o líder histórico da extrema direita francesa.

“Le Pen foi uma figura histórica da extrema direita que desempenhou um papel na vida pública de nosso país por quase 70 anos e agora está sujeita ao julgamento da história”, resumiu o Eliseu.

O comunicado destacou que Jean Marie Le Pen foi candidato à Presidência da França em cinco ocasiões, membro do Parlamento nacional três vezes, deputado europeu sete vezes, conselheiro em Paris e membro do Parlamento de duas regiões.

Um dos momentos mais emblemáticos de sua carreira foi nas eleições presidenciais de 2002, quando chegou ao segundo turno e obteve 17,8% dos votos, sendo derrotado pelo conservador Jacques Chirac.

Reações divididas à sua morte

A morte de Le Pen gerou reações contrastantes na França. Jean Luc Mélenchon, líder do partido de esquerda A França Insubmissa, destacou: “O respeito à dignidade dos mortos e à dor de seus entes queridos não apaga o direito de julgar suas ações. As de Jean Marie Le Pen ainda são insuportáveis”.

Mélenchon também enfatizou que “a luta contra o homem acabou. A luta contra o ódio, o racismo, a islamofobia e o antissemitismo que ele disseminou continua”, escreveu na rede social X (ex-Twitter).

Por outro lado, Eric Zemmour, líder e fundador do partido de extrema direita Reconquista, adotou um tom mais conciliador: “Além das controvérsias, além dos escândalos, o que lembraremos dele nas próximas décadas é que ele foi um dos primeiros a alertar a França sobre as ameaças existenciais que a aguardavam”, afirmou.

Jean Marie Le Pen deixa um legado controverso, sendo ao mesmo tempo reverenciado por seus seguidores e criticado por suas posições consideradas extremas.

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