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Governo da Espanha diz que levará 'muitos dias' para descobrir as causas do apagão

Origem ainda é incerta; falha em energia solar é uma das hipóteses

Apagão de grandes proporções que deixou moradores de Portugal e de outros países europeus sem energia na manhã desta segunda-feira (MIGUEL RIOPA / AFP/AFP)

Apagão de grandes proporções que deixou moradores de Portugal e de outros países europeus sem energia na manhã desta segunda-feira (MIGUEL RIOPA / AFP/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 4 de maio de 2025 às 10h40.

A ministra espanhola para a Transição Ecológica advertiu neste domingo, 4, que levará “muitos dias” até que se descubra a origem do grande apagão na Península Ibérica, que paralisou o país na última segunda-feira. "Estamos falando de muitos dias", disse Sara Aagesen em entrevista publicada neste domingo pelo jornal El País.

Sobre o papel que as energias renováveis podem ter desempenhado no apagão, a ministra admitiu a possibilidade de uma anomalia em instalações fotovoltaicas no sudoeste da Espanha, como já havia mencionado o operador da rede elétrica espanhola (REE).

“Hoje não sabemos quais instalações de geração deixaram de fazer parte do sistema”, disse Aagesen.

“Falar em energia solar fotovoltaica pode ser precipitado, embora no mapa seja possível ver as diferentes tecnologias de geração em cada região. E há muita solar fotovoltaica no sudoeste da Espanha”, destacou.

Incerteza sobre energias renováveis

A ministra também afirmou que “as renováveis não são inseguras por si só” e que é “simplista” apontá-las como a origem do incidente.

Após o grande apagão, diversos especialistas indicaram como possível causa do problema o desequilíbrio entre produção e demanda de eletricidade — algo mais difícil de corrigir sem tecnologias adequadas em uma rede cada vez mais baseada em fontes como eólica e solar.

“As renováveis estão dando à Espanha a chance de alcançar uma independência energética muito relevante em um mundo geopolíticamente vulnerável. Ter uma energia própria é fundamental”, afirmou a ministra.

Segundo especialistas, a melhoria das interconexões com países vizinhos, como a França, também pode contribuir para a estabilidade da rede.

Nesse sentido, a ministra destacou que, embora a França veja “há muitos anos dificuldades do ponto de vista ambiental” nas interconexões transpirenaicas, “nós insistimos que isso é um objetivo que vai além de dois países”.

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