Mundo

Governo da Colômbia e ELN avançam rumo a um cessar-fogo bilateral

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o ELN, a segunda maior guerrilha do país, começaram uma negociação formal de paz em fevereiro

Negociações de paz: os dois lados buscam concretizar um acordo semelhante àquele firmado com as Farc (Daniel Tapia/Reuters)

Negociações de paz: os dois lados buscam concretizar um acordo semelhante àquele firmado com as Farc (Daniel Tapia/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 16h53.

Quito - O governo da Colômbia e o Exército de Liberação Nacional (ELN) concordaram em avançar rumo a um cessar-fogo bilateral, disseram as partes nesta sexta-feira ao concluir o segundo ciclo da negociação de paz no Equador.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o ELN, a segunda maior guerrilha do país, começaram uma negociação formal de paz em fevereiro, depois de mais de três anos de contatos durante os quais combinaram os temas da agenda e a logística.

As partes acertaram que uma mesa especializada sobre "ações e dinâmicas humanitárias" irá avaliar se as condições são adequadas para se progredir para um cessar-fogo bilateral e uma cessação das hostilidades, disse o governo colombiano em um comunicado.

Dentro do segundo acordo parcial se inclui, além da criação de uma equipe conjunta de pedagogia e de comunicação para a paz e de um grupo de países de apoio, acompanhamento e cooperação com a mesa de diálogo.

"A novidade do ciclo que estamos encerrando (é que) começamos a fazer uma discussão de um cessar-fogo que, além de deter as operações ofensivas entre as partes, leve uma ajuda humanitária à população. Isso para nós é muito importante", disse o negociador-chefe do ELN, Pablo Beltrán, a jornalistas.

Os dois lados buscam concretizar um acordo semelhante àquele firmado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que na semana passada entregaram suas armas para pôr fim à sua parte no conflito mais duradouro da América Latina, que deixou 220 mil mortos.

O terceiro ciclo de diálogos começará em 24 de julho em Quito.

O ELN, que conta com cerca de 2 mil combatentes e é considerado por Estados Unidos e União Europeia como uma organização terrorista, é acusado de sequestros, assassinatos e ataques à infraestrutura petroleira e energética da Colômbia, além de extorsões a multinacionais petroleiras e mineradoras.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaEquadorFarcNegociações

Mais de Mundo

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump

Parlamento russo aprova lei que proíbe 'propaganda' de estilo de vida sem filhos

Inflação na Argentina sobe 2,7% em outubro; menor valor desde 2021