Bogotá - O ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, denunciou nesta terça-feira a existência de um plano das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para atentar contra o ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), motivo pelo qual ordenou o reforço de seu esquema de proteção.

Pinzón fez uma breve declaração perante a imprensa na qual destacou que na primeira hora desta terça-feira houve uma reunião com Uribe e o diretor da polícia colombiana, general Rodolfo Palomino, na qual informaram o ex-presidente sobre o "plano que se detectou para atentar contra sua vida".

Segundo o ministro, por trás dessa tentativa de ataque está a coluna móvel "Teófilo Forero" das Farc, considerada uma unidade de elite guerrilheira e responsável for atos sangrentos, como o atentado contra o clube La Nogueira de Bogotá em 2003 que deixou 36 mortos e 166 feridos.

"A Polícia Nacional e a Procuradoria Geral da Nação estão avaliando a informação", acrescentou Pinzón.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ordenou "fazer todo o necessário" para reforçar as condições de segurança que rodeiam seu contraditor político e a sua família, que contam com um esquema de proteção de 300 agentes, disse o titular da Defesa.

O presidente Santos também exigiu "chegar aos responsáveis por estas ameaças".

Uribe defendeu durante seu governo as políticas de "segurança democrática" que esteve centrada em um forte ofensiva contra a guerrilha e uma campanha de descrédito sobre este grupo insurgente.

O ex-presidente é, além disso ,um dos grandes opositores do processo de paz no qual trabalham o governo de Santos e as Farc nos diálogos de Havana há quase um ano.