Casa do Hitler: ainda não há acordo sobre o futuro da casa onde em 1889 nasceu o ditador mais sangrento do século XX (Dominic Ebenbichler / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2016 às 14h00.
Viena - O governo da Áustria aprovou nesta terça-feira uma lei para expropriar a casa natal do ditador Adolf Hitler para evitar que se transforme em um local de peregrinação ou um santuário para neonazistas, informou a televisão pública austríaca "ORF".
Trata-se de um edifício na cidade de Braunau, no Estado federado de Alta Áustria, junto à fronteira com a Baviera alemã, no qual Hitler (1889-1945) viveu seus primeiros três anos.
Sua desapropriação põe fim a uma longa batalha judicial com a proprietária, que se negou a vender o imóvel ao Estado e que agora será indenizada.
A decisão tinha sido anunciada em abril e só requer agora de sua aprovação no parlamento.
Apesar de haver consenso na necessidade de tomar uma decisão que garanta que o local não seja usado para propagar ideias nazistas, não há acordo sobre o futuro da casa onde em 1889 nasceu o ditador mais sangrento do século XX.
Desde 1972, o Ministério do Interior a aluga e a subloca à Prefeitura de Braunau por cerca de 5 mil euros mensais.
A casa está sem uso desde 2011. O governo seguiu pagando o aluguel sem conseguir um acordo para decidir se estabelece no local um memorial, se usa como casa ou se derruba o imóvel.
O ministro do Interior, Wolfgang Sobotka, reiterou hoje sua postura a favor de derrubá-la, mas tanto o chanceler federal, Christian Kern, como o vice-chanceler, Reinhold Mitterlehner, se mostraram céticos ao considerar que pode haver problemas porque está sob proteção como patrimônio histórico.