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Governo da Argentina leva adiante plano de fechar agência de notícias pública 'Télam'

Manuel Adorni, porta-voz do governo, ressalto que perdas no orçamento público com agência superaram 20 bilhões de pesos argentinos

Javier Milei, presidente da Argentina (Luis Robayo/AFP)

Javier Milei, presidente da Argentina (Luis Robayo/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 4 de março de 2024 às 15h07.

O governo do presidente Javier Milei levou adiante seus planos de fechar a agência de notícias pública Télam. A página na internet do meio está desativada, com uma mensagem de "página em reconstrução", e a imprensa local reporta que foram trancados no fim da noite do domingo, 3, os dois prédios em que havia redações do veículo.

Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, 4, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, disse que seriam detalhados nesta semana os planos para encerrar agência, e comentou que as perdas no orçamento público com ela superaram 20 bilhões de pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financiero.

O veículo reporta que, na madrugada desta segunda-feira, empregados começaram a receber e-mails segundo os quais são dispensados de trabalhar durante sete dias, prazo que começou no domingo. A nota é firmada pelo interventor da agência, Diego Chaher.

A assembleia dos trabalhadores da Télam criou uma conta no X (ex-Twitter). Os funcionários criticam a atuação oficial como "um dos piores ataques à liberdade de expressão nos últimos 40 anos de democracia". Os trabalhadores dizem que a decisão é ilegal, pois não havia aval do Congresso, e sinalizam que podem judicializar o tema. O fechamento do meio fazia parte da chamada Lei Ônibus, mas o texto foi barrado no Legislativo e agora o governo tenta ainda aprovar as medidas.

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