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Governo da Argentina fornecerá dados à procuradoria que investiga Fernández

Ex-presidente é acusado pela ex-primeira-dama Fabiola Yáñez de violência de gênero

Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina (Hector Vivas/Getty Images)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 15h08.

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O governo de Javier Milei fornecerá dados solicitados pela procuradoria que investiga o ex-presidente Alberto Fernández, acusado de violência de gênero contra a ex-primeira-dama, Fabiola Yáñez, segundo revelaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, disse em sua habitual entrevista coletiva que a Procuradoria Nacional para Assuntos Penais e Correcionais solicitou ao governo nacional, por meio de duas cartas oficiais, “diferentes dados, que de fato serão fornecidos”.

“Já foi enviado aos setores correspondentes para coletar as informações e cumprir as exigências do sistema judiciário”, declarou Adorni.

A procuradoria, chefiada por Ramiro González, solicitou ao governo nacional a lista de empregados domésticos da residência presidencial em Olivos, na província de Buenos Aires; os registros de vídeo das câmeras de segurança da residência; e os registros de renda e de atendimento médico, segundo a imprensa local.

O procurador também pediu os detalhes da equipe que acompanhou Yáñez durante uma viagem à província de Misiones (nordeste) em julho de 2021.

González acusou Fernández do crime de lesões graves duplamente agravadas pelo vínculo e por ocorrer em um contexto de violência de gênero e ameaças coercitivas em detrimento da ex-companheira.

Na denúncia, o procurador afirmou que Yáñez “sofreu um relacionamento marcado por perseguição, assédio psicológico e agressão física em um contexto de violência de gênero e doméstica com base em uma relação de poder assimétrica e desigual que se desenvolveu ao longo do tempo, que foi exponencialmente aumentada pela eleição de Fernández como presidente e o exercício do cargo” até dezembro do ano passado.

A denúncia de Yáñez foi registrada depois que a Justiça argentina encontrou conversas e imagens da ex-primeira-dama supostamente agredida no celular da secretária do ex-presidente, como parte de uma investigação sobre suposto tráfico de influência contra Fernández em relação a contratos de seguro.

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