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Governo colombiano e Farc retomam discussões sobre vítimas

As duas delegações manterão na quinta-feira uma reunião com o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan

O negociador-chefe do governo colombiano nos diálogos de paz com as Farc, Humberto de la Calle (Yamil Lage/AFP)

O negociador-chefe do governo colombiano nos diálogos de paz com as Farc, Humberto de la Calle (Yamil Lage/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 14h29.

Havana - O governo da Colômbia e a guerrilha das Farc retomaram nesta quarta-feira as negociações de paz em Cuba, com uma rodada de discussões sobre as vítimas do conflito armado, durante a qual se espera uma visita inédita de um enviado especial dos Estados Unidos.

As duas delegações manterão na quinta-feira uma reunião com o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e durante esta rodada receberão o novo enviado especial americano para o processo de paz, Bernie Aronson.

Aronson foi designado pelo secretário americano de Estado, John Kerry, que afirmou que foi o o presidente colombiano Juan Manuel Santos quem pediu aos Estados Unidos que assumissem um papel mais direto nas negociações em Havana.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) aprovaram a integração de Aronson nas negociações mediadas por Cuba.

A Colômbia, grande aliada dos Estados Unidos na região, vive um conflito interno do qual participaram guerrilhas, paramilitares, forças militares e gangues de narcotraficantes, e que deixaram mais de 220 mil mortos e 5,3 milhões de deslocados, segundo dados oficiais.

Governo e guerrilha há sete meses realizam um debate complexo sobre o tema de indenização das vítimas do conflito.

As maiores disputam giram em torno de um projeto de "justiça transicional" do governo, que as Farc rejeitam porque afirmam que visa a levar os guerrilheiros para a prisão assim que o conflito armado de meio século acabar.

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